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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 142-143 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 142-143 (December 2018)
EP‐209
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COINFECÇÃO MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS E MYCOBACTERIUM ABSCESSUS EM ADULTO JOVEM IMUNOCOMPETENTE: RELATO DE CASO
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Isadora Abrão de Souza, Maurício Fernando Favaleça, Shizumi Iseri Giraldelli, Carolina Ruiz Mazaia, Andressa Moraes Serazi, Pollyanna Cardoso Fantini, Daniela de Farias Rüdiger, Larissa Santos Fogaça, Paula Machado da Costa Lucas, Maria Fernanda Aguilar de Azevedo, Daniele Tirapeli Quirino Barbosa, Márcio César Reino Gaggini
Universidade Brasil, São Paulo, SP, Brasil
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Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 9 ‐ Horário: 13:58‐14:03 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: As micobactérias não tuberculosas (MNT) são aquelas que não pertencem ao complexo Mycobacterium tuberculosis (M. tuberculosis e M. bovis) e ao M. leprae. Com uma incidência de 1‐2 casos por 100.000 habitantes, a infecção ocorre principalmente por inalação de aerossóis, pode também ser através de ingestão e inoculação direta após procedimentos invasivos. A doença pulmonar por MNT geralmente ocorre em pacientes com doença pulmonar pré‐existente, como bronquiectasias, doença pulmonar obstrutiva crônica, tuberculose (TB) prévia.

Objetivo: Relatar um caso de coinfecção M. tuberculosis e M. abscessus em um adulto jovem imunocompetente.

Metodologia: Homem, 21 anos, sem comorbidades, sem história de tabagismo ou procedimentos médicos invasivos, em avaliação de comunicante para tuberculose (TB) após diagnóstico de tuberculose pleural no irmão. Relatava tosse secretiva havia mais de 30 dias, PPD 20mm e raios X com velamento pulmonar à direita, exames de baciloscopia de escarro, teste rápido molecular (TRM) para TB e HIV todos negativos, referia ter tratado pneumonia havia cerca de três semanas. Em avaliação com infectologista foram solicitados novo TRM e cultura para micobatéria. Em março de 2018, TRM para TB detectável, iniciados Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol. Em abril cultura identificou Mycobacterium abscessus e foi solicitada nova amostra. Em maio de 2018, tomografia computadorizada (TC) de tórax com espessamento de paredes brônquicas, nódulos e cavitações e segunda amostra da cultura com M. abscessus. Paciente com resposta clínica satisfatória ao esquema Ripe, porém devido aos achados tomográficos e aos resultados de duas culturas para M. abscessos, foram introduzidos Amicacina, Claritromicina e Levofloxacino. Atualmente, paciente na segunda fase do tratamento para tuberculose com Rifampicina e Isoniazida, assintomático, aguarda antibióticos para tratamento da MNT.

Discussão/conclusão: A coinfecção M. tuberculosis e M. abscessus é incomum em pacientes imunocompetentes. Neste caso o diagnóstico de tuberculose foi a partir do TRM e o da MNT por cultura, o que mostra a importância de ambos os exames na investigação dos indivíduos sintomáticos. Assim, a decisão de tratar MNT deve ser ponderada, pensa‐se no real risco de progressão da doença e na exposição desnecessária a toxicidade farmacológica para o indivíduo. Neste caso, devido aos sintomas clínicos e achados na TC de tórax, optadou‐se pelo tratamento de ambas as micobacterioses.

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