Journal Information
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐456
Full text access
COBERTURA VACINAL E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DO SARAMPO NO BRASIL DE 2014‐2019
Visits
1981
Mariana Souza Santos Oliveira, Ana Beatriz Rodrigues Lira, Lara Moraes Torres, Victor Oliveira Rocha, Aurea Angelica Paste
Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Full Text

Introdução: O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa. A vacinação é a principal forma de prevenção à doença, sendo a meta mínima da cobertura vacinal da tríplice viral, recomendada pelo Ministério da Saúde (MS), é de 95% das crianças de 1 ano de idade. O Brasil, em 2018, perdeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo dado pela OMS após o surto da doença, totalizando 10.274 casos confirmados.

Objetivo: Comparar a cobertura vacinal contra o sarampo e a incidência do sarampo nas regiões do Brasil entre os anos de 2014 e 2019.

Metodologia: Trata‐se de um estudo ecológico em que utilizou‐se dados secundários coletados em Agosto/2020 disponibilizados no TabNet Win32 3.0 do DATASUS na secção de “Assistência à saúde” e subsecção “Imunizações ‐ desde 1994”. Buscou‐se analisar o percentual da cobertura vacinal da primeira e da segunda dose da vacina Tríplice Viral, nas regiões do Brasil, no período de 2014‐2019. Os dados de incidência do Sarampo foram obtidos da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS).

Resultados: Houve uma queda da cobertura vacinal da Tríplice Viral D1 no tempo analisado, de 112,8% em 2014 para 91,6% em 2019, com a menor cobertura em 2017 (86,2%). Em relação à Tríplice Viral D2, observou‐se queda de 92,9% em 2014 a 80,2% em 2019, com pior cobertura em 2017 (72,9%). A região Norte apresentou a menor cobertura da 1ª dose dos anos analisados, com menor valor em 2017 (76,2%). Já em relação à 2ª dose, Norte e Nordeste se alternaram com as menores coberturas, com 61,4% em 2017 e 62,9% em 2016, respectivamente. Já a incidência do Sarampo foi decaindo de 2014 a 2015, com 214 casos, zerando nos dois anos subsequentes, voltando a crescer em 2018 com 10.326 casos, sendo 99,2% desses na região Norte, alcançando 15.914 casos confirmados no país em 2019.

Discussão/Conclusão: Por meio deste estudo, constatou‐se uma queda importante na cobertura vacinal de Sarampo, principalmente no Norte do país, atingindo as menores coberturas de 1ª e 2ª doses da Tríplice Viral em 2017. Em contraste com isso, a doença até então erradicada no país, voltou a incidir após um surto na região em 2018. Isso ratifica o alerta do Ministério da Saúde acerca dos riscos relacionados à baixa cobertura vacinal, demonstrando a necessidade da ampliação e fortalecimento das ações de vigilância e imunização contra o Sarampo, além de ampla divulgação nos meios de comunicação. O principal viés do estudo é a subnotificação.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools