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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
ÁREA: INFECÇÕES FÚNGICASEP‐351
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CASUÍSTICA DA ESPOROTRICOSE NO MUNICÍPIO DO RIO GRANDE ‐ RS: 2017 A 2019
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Livia Silveira Munhoz, Vanice Rodrigues Poester, Jessica Louise Benelli, Gabriel Klafke, Rossana Patricia Basso, Melissa Orzechowsk Xavier
Laboratório de Micologia, Faculdade de Medicina (FAMED), Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A esporotricose causada por Sporothrix brasiliensis é uma micose subcutânea endêmica, emergente e negligenciada no Brasil e está intimamente associada a um caráter zoonótico. Na última década, a casuística da doença e sua expansão geográfica no território brasileiro vem sendo reportada, ocasionando graves problemas de saúde pública em diversas regiões. Em 2020, a esporotricose humana passou a ser de notificação compulsória no Brasil. O Rio Grande do Sul (RS) é o segundo estado com maior incidência de esporotricose, sendo os casos concentrados na região sul.

Objetivo: Dada a importância do monitoramento epidemiológico em áreas hiperêndemicas para esporotricose, o objetivo do estudo foi reportar casos de esporotricose humana e animal (cães e gatos) na cidade do Rio Grande/RS no triênio 2017‐2019 e avaliar a distribuição espacial destes casos.

Metodologia: Estudo retrospectivo incluindo todos os casos de esporotricose diagnosticados no Laboratório de Micologia ‐ FaMeD/FURG, a partir de cultura micológica e/ou exame micológico direto das amostras oriundas de humanos e animais, no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2019 (CEPAS‐FURG:33/2017). A expansão espacial dos casos foi avaliada através do ArcGis®.

Resultados: No período de estudo, 452 amostras suspeitas para esporotricose foram analisadas e, desse total, 40,9% foram positivas para Sporothrix spp., sendo 139 de felinos, 14 de cães e 32 de humanos. Considerando o período inicial (2017) e o final (2019), os casos em humanos tiveram aumento de 18% e os de cães de 17%. Quanto a distribuição espacial, os casos permanecem concentrados na região urbana do município, mas apresentando expansão geográfica.

Discussão/Conclusão: Como em anos anteriores, permanece alta a incidência de esporotricose em Rio Grande, especialmente em gatos, principais transmissores da doença. Por conseguinte, a maioria dos casos humanos diagnosticados tem histórico associado ao contato (arranhadura/mordedura) com felinos infectados, apresentando ascensão no número de casos no período avaliado. Frente a isso, salienta‐se a importância de desenvolvimento de ações de saúde única que visem retrair o atual cenário municipal, atuando na educação em saúde e sobre a enfermidade, no suporte e monitoramento de animais enfermos e no apoio ao diagnóstico. Tais ações são essenciais para o enfrentamento da doença, prevenindo a disseminação e impactando na redução dos casos na região.

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