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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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CASOS GRAVES DE VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO EM ANOS DE PANDEMIA: UMA ANÁLISE RETROSPECTIVA DA BASE DE DADOS DO SIVEP-GRIPE NO BRASIL (2020-2022)
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Bruna Medeiros Gonçalves de Verasa,
Corresponding author
bruna.8.de-veras@gsk.com

Corresponding author.
, Thatiana Pintoa, Adriana Guzman Holsta, Alejandro Lepetica, Lessandra Michelina, Marcelo Ferreira da Costa Gomesb
a GSK, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Programa de Computação Científica (ProCC), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Objetivo

O vírus sincicial respiratório (VSR) pode causar síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em indivíduos de todas as idades. Durante a pandemia da COVID-19, recomendações de saúde foram adotadas para impedir a propagação do SARS-CoV-2, o que influenciou na transmissão de outros vírus respiratórios como o VSR. Avaliamos a carga do VSR em todas as faixas etárias no Brasil.

Métodos

Realizou-se uma análise retrospectiva de dados publicamente disponíveis na base SIVEP-Gripe (2020 a 2022). Os casos de VSR-SRAG foram definidos como: códigos CID-10 J09 a J18 e confirmados com RT-PCR ou imunofluorescência. Os resultados foram calculados como frequências absolutas e relativas, incluindo número de casos de VSR-SRAG, taxas de letalidade e mortalidade.

Resultados

De Jan/2020 a Dez/2022 foram notificados 30.934 casos de VSR-SRAG. Em 2020, 1.681 casos foram relatados com um pico na semana epidemiológica (SE) 12 (15-21 de março; 178 casos). Em 2021, foram notificados 12.478 casos; o pico ocorreu durante a SE 11 (14-20 de março; 433 casos), seguido por um segundo pico na SE 46 (14-20 de novembro; 352 casos). Em 2022, 16.775 casos foram relatados com o pico na SE 16 (17 a 23 de abril; 800 casos) e outra tendência crescente a partir da SE 37 (11 a 17 de setembro). Durante o período do estudo, 2.718 (8,8%) casos foram relatados em adultos ≥20 anos e 8.760 pacientes (28,3%) precisaram de internação na unidade de terapia intensiva, proporção semelhante entre as faixas etárias. Um total de 852 mortes por VSR-SRAG foram relatadas, levando a uma taxa de letalidade geral de 2,75%. As taxas anuais de letalidade foram de 6,66% (2020), 2,74% (2021) e 2,37% (2022). As taxas de letalidade aumentaram com a idade, variando de 20,77% (2022) a 32,45% (2020) em adultos ≥60 anos versus 0,96% (2022) a 1,86% (2020) em crianças ≤9 anos. As taxas de mortalidade de 60-69 anos foram semelhantes às observadas em crianças (0-9 anos) e aumentaram com a idade de 0,09/1.000 habitantes em 60-69 anos para 0,74 em ≥90 anos (2020), de 0,24 em 60-69 anos para 2,34 em ≥90 (2021) e de 0,24 em 60-69 anos para 3,12 em ≥90 em 2022.

Conclusão

A ocorrência de um segundo pico de casos no final de 2021 e 2022 pode indicar uma diferença de sazonalidade durante a pandemia de COVID-19. Os resultados evidenciaram que a frequência de VSR-SRAG é maior em crianças no Brasil. No entanto, observa-se maior letalidade em adultos mais velhos, resultando em taxas de mortalidade comparáveis em extremos de faixa etária.

Palavras-chave:
Vírus Respiratório Sincicial Síndrome Respiratória Aguda Grave Vigilância Epidemiológica Análise Retrospectiva de dados
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