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Vol. 28. Issue S1.
IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
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IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
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CASOS DE MALÁRIA EM GOIÁS NO ANO DE 2023: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA
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Breno Bueno Junqueiraa, Antonio Sérgio Mathiasb
a Escola de Ciências Médicas e da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás), Goiânia, GO, Brasil
b Complexo Hospitalar Heliópolis, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S1

IV Congresso Goiano de Infectologia

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Introdução

A malária é uma doença que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do globo terrestre - regiões de países em desenvolvimento. A protozoose é transmitida por meio da picada do mosquito Anopheles infectado pelo Plasmodium spp. No Brasil, as infecções são mais frequentes na região amazônica - em áreas rurais ou indígenas. Os sintomas comuns são: febre intensa, calafrios, cefaleia, sudorese, mialgia, náusea e emêse. O Brasil registrou 142.522 casos confirmados em 2023. A letalidade da doença é diferente entre as regiões, sendo 23,5 vezes maior na região extra-amazônica, em detrimento da dificuldade da suspeição do diagnóstico - fato que torna um grande problema de saúde pública.

Objetivo

Traçar o perfil epidemiológico dos casos de malária em Goiás - uma região extra-amazônica.

Metodologia

Trata-se de estudo retrospectivo de análise epidemiológica dos casos de malária em Goiás, no ano de 2023, disponibilizados pelos Sivep-Malária/SVSA/MS, Sinan/SVSA/MS e E-SUS-VS, do Ministério da Saúde.

Resultados

Em 2023, do total de casos confirmados de malária registrados no país, 141.935 casos ocorreram na região amazônica e 587 casos na extra-amazônica. O estado de Goiás representa 17,5% (103) dos casos extra-amazônicos, atrás apenas de São Paulo com 17,9%. Desse percentual em Goiás, 76,7% eram do sexo masculino e 23,3% eram do sexo feminino. Quanto à raça, 73,8% identificaram-se como pardos. Dos 103 casos, 54,4% eram na faixa etária entre 20 e 39 anos e 32,0% eram entre 40 e 59 anos. Quanto à ocupação no momento da infecção, 28,1% relatam que estavam viajando, 25,2% eram garimpeiros. Do total de casos em Goiás, 74,8% referiram ter se infectado na região amazônica, 18,4% em outros países, 6,8% na região extra-amazônica. Sobre o agente etiológico, 83,5% eram de Plasmodium não falcipurum, 16,5% eram de Plasmodium falcipurum + mista.

Conclusões

Frente aos casos de malária confirmados em Goiás, nota-se um predomínio epidemiológico em pessoas do sexo masculino, entre 20 e 39 anos, da raça parda, que estavam à viagem ou trabalhando como garimpeiro, na região Amazônica. O agente etiológico mais frequente é o Plasmodium não falcipurum. Ademais, a subnotificação é uma realidade, pois o diagnóstico inadequado, além do acesso limitado aos testes de diagnósticos, podem restringir a real situação epidemiológica dos casos de malária no país. No momento da confecção do estudo, ainda não havia dados de letalidade disponíveis para a consulta do ano de 2023.

Palavras-chave:
Malária
Infecção Malárica
Infecções por Protozoários
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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