Monkeypox, também conhecido como varíola dos macacos, é uma doença viral que inclui erupções cutâneas similares à varíola como sintomatologia destaque. Tem o imunocomprometido como fator de risco para manifestações mais graves da doença e possui o Tecovirimat como tratamento de escolha para infecções mais graves. Este trabalho possui o objetivo de relatar o caso de um paciente portador de HIV, diagnosticado com Monkeypox com forma disseminada e evoluindo para gravidade, que foi submetido a tratamento com Tecovirimat de forma pioneira no estado de Goiás. E ressaltar a importância de agilizar o acesso ao tratamento de forma mais ágil quando este indicado.

Paciente, CBO, masculino, 33 anos, HIV positivo em vigência de tratamento com antivirais, admitido em unidade hospitalar em Goiânia por uretrite purulenta e início de erupções cutâneas, a princípio, eritematosas com evolução para pústulas em região de troncos, dorso, face e membros. Realizado diagnóstico laboratorial através de PCR qualitativo resultado em positividade para presença de monkeypox vírus em amostra. Desenvolveu ao longo da internação com piora progressiva, se tornando em maior número e com erupções secundárias das feridas que se tornaram generalizadas com extensão para mucosas, limitando ingesta oral, e lesão genital que cursaram com ulceração e necrose de parte de tecido peniano. Diante da gravidade da doença, paciente recebeu tratamento de forma pioneira no estado de Goiás com medicamento disponibilizado por Brasília-DF com antiviral Tecovirimat. Após 72 horas da introdução da medicação, paciente evolui com melhora significativa das lesões e melhora clínica.

O caso relatado e publicações levantadas trazem a discussão da terapêutica de uma situação agravada de uma infecção viral em um paciente HIV positivo, que evoluiria rapidamente para piora clínica diante das complicações das lesões se não realizado o tratamento com o antiviral em questão.