Journal Information
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 132 (December 2018)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 132 (December 2018)
EP‐189
Open Access
CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS NOVOS DE HANSENÍASE SEGUNDO ASPECTOS CLÍNICO‐EPIDEMIOLÓGICOS NO MUNICÍPIO DE RONDONÓPOLIS, MATO GROSSO (2011‐2017)
Visits
3128
Larissa Marquiori Borges, Camila Aoki Reinas Puntim, Juliana Helena Chávez‐Pavoni, João Gabriel Guimarães Luz, Amanda Gabriela Carvalho
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, MT, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Full Text

Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 6 ‐ Horário: 13:58‐14:03 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução lenta e progressiva causada pelo Mycobacterium leprae. O Brasil não mede esforços para o seu controle, já que o país é o segundo maior responsável pelo número de casos no mundo, o Estado de Mato Grosso é uma das principais áreas endêmicas.

Objetivo: Caracterizar o perfil clínico‐epidemiológico dos novos casos de hanseníase notificados no município matogrossense de Rondonópolis, de 2011 a 2017.

Metodologia: Os dados empregados foram obtidos por meio da análise individual das fichas de notificação/investigação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foram incluídos casos novos e autóctones. Já recidivas e casos em duplicata foram excluídos.

Resultado: Em Rondonópolis foram notificados 928 casos de hanseníase no período, a maior parte detectada por demanda espontânea (46,82%; n=434) e apenas 13,16% (n=122) em exames de contatos ou de coletividade. O coeficiente de detecção anual apresentou padrão flutuante de 2011 a 2015, com pico em 2011 (82,43 casos/100 mil habitantes) e decréscimo nos últimos dois anos. Dentre os casos, 59,05% (N=548) ocorreram no sexo masculino e 32,86% (N=305) na faixa de 31 a 45 anos. A idade dos pacientes variou entre 2,3 e 85,87 anos, a média (desvio‐padrão) foi de 44,03 (17,72) e a mediana de 43,76 anos. Enquanto os pardos foram os mais acometidos (56,85%; n=523), as etnias amarela (0,65%; N=6) e indígena (0,11%; N=1) registraram menor número de casos. Quanto ao local de moradia e grau de escolaridade, a grande maioria dos pacientes residia em zona urbana (94,72%; n=879) e concluiu no máximo a educação primária (58,89%; n=500). Em relação às características clínicas, houve predomínio da forma dimorfa (71,88%; n=667) e multibacilar (87,07%; n=808). Quanto à baciloscopia, em 95,05% (n=882) dos casos essa não foi feita ou o resultado não foi informado. Considerando as avaliações de incapacidade no momento do diagnóstico, observou‐se predomínio de grau zero (64,12%; n=595), seguido de grau I (10,78%; n=100) e grau II (3,34%; n=31) entre os pacientes deste estudo. No entanto, tal avaliação não foi conduzida ou informada para 21,77% (n=202) dos casos.

Discussão/conclusão: Tais achados podem ser úteis para nortear de forma cientificamente embasada as ações de controle e vigilância voltadas para a hanseníase no município.

Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools