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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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CARACTERIZAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS ASSOCIADOS À VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19 EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO NO BRASIL
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Andressa Muzzo de Souzaa,
Corresponding author
andressamuzzo4@gmail.com

Corresponding author.
, Flávia Queirozb, Taiza Maschio de Limab, Lina de Moura Mendesb, Alana Augusta de Menezesb, Letícia Olmos Pelegrinib, Maria Lúcia Machado Salomãoa, Márcia Wakai Catelanb
a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), São José do Rio Preto, SP, Brasil
b Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto (FUNFARME), São José do Rio Preto, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivo

As vacinas são uma escolha eficaz para o controle de doenças infecciosas, sendo primordial na contenção da pandemia da COVID-19. As vacinas são produtos seguros, porém, não são isentas de eventos adversos. De correndo, assim, na importância de uma avaliação de causalidade de Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação (ESAVI) com qualquer ocorrência médica indesejada após a vacinação. O estudo possui por objetivo caracterizar os casos de ESAVI contra a COVID-19 quanto à gravidade, à causalidade e as manifestações clínicas.

Métodos

Este estudo de coorte retrospectivo foi realizado a partir de casos de ESAVI contra a COVID-19 atendidos no Hospital de Base de São José do Rio Preto entre janeiro de 2021 e julho de 2022. Os dados secundários foram coletados do prontuário eletrônico e do Sistema VaciVida pertinentes as investigações e notificações dos casos.

Resultados

Foram analisados 728 casos de ESAVI, sendo 554 (76,10%) em pessoas com idade entre 20 e 59 anos, incidindo mais sobre as mulheres (72,80%). O tempo entre a vacinação e o início de sintomas teve mediana de dois dias, com 290 notificações associada à primeira dose adicional da vacina Pfizer. Segundo a classificação, 262 (35,99%) foram classificados como evento adverso grave por necessitar de hospitalização e, desses, 48 (6,59%) foram óbitos em período temporalmente associado à vacinação. Os casos não graves corresponderam a 64,01% das notificações. Quanto às manifestações clínicas, foram mais relacionadas aos sistemas: neurológico (269 - 60,03%) respiratório (279 - 38,32%), gastrointestinal (269 - 36,95%), tegumentar (128 - 17,58%) e cardiovascular (32 - 4,44%). Do total de casos notificados, 177 (24,31%) foram avaliados e encerrados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo. Dentre os não graves, 45 (9,6%) eram reações inerentes a vacina e 3 (0,64%) casos tiveram relação temporal. Em relação aos casos graves, 10 (3,82%) foram classificados com relação temporal consistente, mas sem evidências na literatura. Todos os óbitos investigados foram descartados com relação à causalidade.

Conclusão

Este estudo, desenvolvido com dados secundários de um complexo de saúde, não pode ser generalizado para outros serviços. Contudo, considerando os casos encerrados, nota-se que embora haja ocorrência de eventos adversos após a vacina, grande parte dos casos estão associados às reações não graves inerentes ao produto consistentes na literatura.

Palavras-chave:
Eventos adversos Vacinação Vacinas contra COVID-19
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