A variante Ômicron do vírus SARS-CoV-2 (B.1.1.529) foi designada uma variante preocupante (VOC) devido à alta transmissibilidade e capacidade de escapar da imunidade natural e induzida por vacina.
ObjetivoCaracterizar a duração da infectividade da variante Ômicron em indivíduos vacinados com sintomas leves de COVID-19.
MétodoEstudo transversal com 30 indivíduos vacinados com COVID-19 para avaliar a duração da infectividade da Ômicron comparando o isolamento viral com o teste rápido de antígeno (RAT) e os valores de Ct da reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR) de amostras respiratórias nos dias 5, 7, 10 e 14 a partir do início dos sintomas.
ResultadosO crescimento viral foi observado em 46% (11/24) das amostras dos indivíduos vacinados no dia 5 dos sintomas e 20% (6/30) no dia 7, nenhuma amostra teve isolamento viral no dia 10. A carga de RNA viral permaneceu detectável em 97% (29/30) e 57% (17/30) dos participantes nos dias 10 e 14, respectivamente. Entre as amostras com isolamento viral, todas (n = 17) foram RAT e RT-PCR positivas. Por outro lado, amostras sem isolamento viral (n = 97) foram RAT e RT-PCR positivas em 36 (37%) e 83 (86%), respectivamente. RAT e RT-PCR evidenciaram sensibilidade global e valores preditivos negativos de 100%, porém, RAT apresentou 63% de especificidade global e 32% de valor preditivo positivo (VPP), enquanto RT-PCR evidenciou menor especificidade (14%) e VPP (17%) para predizer a infectividade.
ConclusãoIndivíduos vacinados imunocompetentes com infecção por Ômicron ainda podem transmitir o vírus no 7° dia de sintomas, portanto, é altamente improvável que estejam transmitindo o vírus infeccioso no dia 10. Testes rápidos de antígeno podem ser usados para estimar a duração da infectividade dos casos de Ômicron.
Ag. FinanciadoraInstituto todos pela saúde do Banco Itaú.