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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 094
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CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA SEPSE NAS UNIDADES DE SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2018 E 2021: IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19
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José Geraldo Santos de Lima Júnior, Laís Delli Nogueira, Luiza Maria Monteiro Canale, Rodrigo Costa Sant Anna da Cruz, Victória Andrade Solano Rodriguez Freitas, Camila Richieri Gomes, Heloisa Rosa, Juliana Cristina Marinheiro
Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução/Objetivo

A sepse é definida como alteração biológica decorrente de infecção, na qual o paciente apresenta resposta inflamatória desproporcional à agressão inicial, culminando em disfunções orgânicas, podendo evoluir ao óbito. Os principais agentes causadores de sepse são bactérias, fungos e vírus e, o ambiente hospitalar é o principal onde ocorre a transmissão dos mesmos. Em 2020 foi observado que pacientes criticamente enfermos com COVID-19 desenvolveram alterações fisiológicas condizentes com quadro de sepse. Este trabalho tem como objetivo analisar as notificações relacionadas à sepse no Brasil, nos últimos anos e, verificar se houve alguma alteração ocasionada pela pandemia da COVID-19.

Métodos

Dados referentes às notificações de sepse, proveniente do SINAN-DATASUS (Doenças e Agravos de Notificação), no período de Julho 2018 e Abril de 2021, foram tabulados, analisados e comparados com os publicados em artigos científicos de referência na área estudada.

Resultados

Entre julho de 2018 e abril de 2021 foram notificados 424.365 casos de sepse no Brasil. A maioria das notificações ocorreram em: São Paulo (24,47%), Minas Gerais (16,72%) e Rio de Janeiro (9%). As maiores mortalidade foram observadas no Rio de Janeiro (58,20%), Amazonas (56,54%), São Paulo (55,48%), Ceará (54,64%), Tocantins (54,28%) e Pernambuco (52,01%). A análise da distribuição dos casos no período demonstra uma pequena queda no número de notificações nos últimos anos, porém, a letalidade apresentou um pequeno aumento, sendo esta de 38,7% em 2018; 44,7% em 2019; 46,8% em 2020 e 46,6% em 2021. Os anos de 2020 e 2021 podem ser considerados atípicos para a saúde. Se de um lado, a pandemia e as medidas de isolamento social, fizeram o número de cirurgias eletivas e o número de pacientes hospitalizados por traumas diminuírem, por outro, a maioria das mortes em pacientes gravemente enfermos por COVID-19 pode ser atribuída ao quadro séptico, sendo que, em cerca de 80% desses pacientes o SARS CoV-2 é o único agente desencadeador do processo.

Conclusão

Podemos concluir que as notificações por sepse, entre julho de 2018 e abril de 2021, se mantiveram constantes. A letalidade associada, vem apresentando um pequeno aumento nos últimos anos. A pandemia de COVID-19 pode ter influenciado esses resultados pelo fato de que grande parte dos pacientes com COVID-19 apresentam alterações fisiológicas condizentes com o diagnóstico de Sepse.

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