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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-204
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BCGÍTE DISSEMINADA APÓS IMUNOTERAPIA INTRAVESICAL PARA TRATAMENTO DE CARCINOMA DE BEXIGA: RELATO DE CASO
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Nazareth Fabíola Setúbal, Bruno Carvalho Oliveira, Camila Bueno Machado, Aldo Varlei Miranda
Instituto Santa Marta de Ensino e Pesquisa (ISMEP), Brasília, DF, Brasil
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Introdução

A cepa atenuada de Mycobacterium bovis em forma de vacina BCG tem sido amplamente utilizada como terapia adjuvante no tratamento de câncer e é geralmente bem tolerada. EFL de 57 anos deu entrada em pronto socorro em 02/07/2019 apresentando febre, calafrios, hipotensão, taquicardia e hematúria minutos após a instilação de 1ª dose de BCG intravesical. Aberto protocolo de Sepse, recebeu terapia com Tazocin e Ciprofloxacino após coleta de culturas e, em seguida, encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva. Exames da admissão evidenciavam apenas hematúria de 3+ em EAS e hiperlactatemia de 35,3. Hemograma e bioquímica normais. TC's de tórax e abdome sem alterações. O paciente apresentou boa resposta às medidas de suporte com melhora da hipotensão e taquicardia. Em 03/07/2019, iniciou-se esquema antituberculostático (RIPE) após discussão entre as equipes acerca da possibilidade de disseminação do bacilo presente na vacina. Solicitadas culturas e testes moleculares para Mycobacterium. Após 3 semanas de internação, observou-se perda ponderal de 4Kg e persistência da febre e sudorese vespertina. TC de tórax do dia 22/07/2019 evidenciava surgimento de múltiplos micronódulos com atenuação em vidro fosco de distribuição randômica pelos pulmões que poderia corresponder a Tb de padrão miliar. Tc de abdome com surgimento de hepatoesplenomegalia e linfonodomegalia retroperitoneal. Pesquisas de Mycobacterium bovis negativas. Recebeu alta melhorado em 31/07/2019 para seguimento ambulatorial; finalizou 2 meses de RIPE seguido de 4 meses de Rifampicina e Isoniazida. Permaneceu assintomático e as TC´s de controle evidenciaram melhora progressiva das lesões.

Objetivo

Enfatizar a importância do reconhecimento e intervenção precoces das complicações relacionadas à instilação da vacina BCG intravesical.

Método

Descrição detalhada de caso clínico.

Resultados

Paciente com melhora clínica e imagenológica após 6 meses de tratamento antituberculostático.

Conclusão

Neste relato, apresentamos o caso de um paciente do sexo masculino que apresentou quadro de Sepse por disseminação do bacilo presente na BCG, imunoterapia amplamente utilizada em neoplasia vesical. O início precoce de RIPE, bem como a utilização de antimicrobiano com ação antituberculostática (Ciprofloxacino) na abordagem da Sepse foi de suma importância para o desfecho favorável dessa complicação que, apesar de rara, pode evoluir para óbito. A não confirmação por meio de culturas ou metodologias moleculares não deve desestimular o tratamento dessa patologia.

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