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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 23 (December 2018)
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11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 23 (December 2018)
OR‐42
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BACTEREMIA POR ENTEROBACTÉRIA RESISTENTE A CARBAPENÊMICOS: EPIDEMIOLOGIA, FATORES DE RISCO, TIPO DE TERAPIA E DESFECHO CLÍNICO EM UM HOSPITAL GERAL DO INTERIOR PAULISTA
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Paula Fernanda Gomes Telles, Christian Cruz Hofling, Ines H.B.L. Saraiva, Christiane Ambrosio do Nascimento, Roselena Pechoto de Oliveira, Rogerio Kuboyama, Neide Aparecida da Silva, Marinete Rodrigues Pereira
Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, Campinas, SP, Brasil
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Data: 19/10/2018 ‐ Sala: 3 ‐ Horário: 15:50‐16:00 ‐ Forma de Apresentação: Apresentação oral

Introdução: O tratamento das infecções por enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (ERCs) é um desafio devido à falta de opções terapêuticas, toxicidade das drogas e pouca evidência quanto à melhor estratégia disponível.

Objetivo: Avaliar epidemiologia, fatores de risco, tipo de terapia e influência no desfecho clínico de pacientes com infecções bacterêmicas por ERCs em nosso serviço.

Metodologia: Estudo retrospectivo que incluiu pacientes atendidos em um hospital geral do interior paulista de janeiro de 2015 a junho de 2018 diagnosticados com infecções por ERCs e hemoculturas positivas. Os prontuários disponíveis foram avaliados e os dados compilados e analisados através do sistema Microsoft Oficce Excel® e do site Open Epi®. Valores de p<0,05 foram considerados significativos.

Resultado: Foram incluídos 29 pacientes com infecção bacterêmica por ERC e hemocultura positiva. Dezessete (59%) eram do gênero masculino e a mediana foi de 65 anos. Os principais motivos de internação foram abdome agudo (14%), cirurgia abdominal eletiva (10%) e pneumonia (10%) e a comorbidade mais prevalente foi tumor de órgãos sólidos (38%). O diagnóstico foi feito em média 17 dias após a internação com maior incidência na UTI adulto (41%). Os principais sítios primários foram corrente sanguínea (52%) e peritonite (17%) Todos os pacientes receberam antimicrobianos previamente, 66% penicilina/inibidor de β lactamase, 55% carbapenêmico e 45% cefalosporinas de 3/4a geração. Vinte pacientes (69%) receberam tratamento antimicrobiano em média três dias após a coleta da hemocultura. Desses, 16 (80%) receberam monoterapia com polimixina B/E em 60% dos casos. A combinação de polimixina E e amicacina foi usada nos casos de terapia dupla. A mortalidade geral foi de 69% (20/29) e semelhante no grupo que recebeu monoterapia quando comparada com a dos que receberam terapia dupla, 12/16 (75%) x 2/4 (50%), (p=0,54). Entretanto, os que evoluíram para óbito apresentavam maiores índices de gravidade de Charlson (p=0,016) e Pitt escore (p<0,001) ao diagnóstico.

Discussão/conclusão: Infecções por ERCs são um problema de saúde crescente em nosso meio, particularmente em pacientes idosos, com patologias intra‐abdominais, doença oncológica associada, necessidade de terapia intensiva e exposição prévia a antimicrobianos de largo espectro. Não foi possível observar o efeito do tipo de terapia no desfecho dos pacientes, porém a gravidade clínica e doenças de base podem ter contribuído para a mortalidade em nosso estudo.

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