A sepse é uma síndrome caracterizada por uma resposta inflamatória desregulada, sistêmica, decorrente de um agente infeccioso, culminando em disfunção orgânica. A Era dos antibióticos e toda evolução tecnológica na área da saúde deveria frear a incidência da sepse, porém, apesar de todo esse avanço, há um aumento de sua incidência, morbidade e mortalidade. Além de uma infraestrutura adequada, o diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para a manutenção da vida e um melhor prognóstico. Dessa forma, fica clara a importância da formação de médicos que reconheçam e saibam atuar em um cenário de sepse. Objetivou-se, assim, avaliar o grau de conhecimento teórico da sepse, considerando o impacto da educação em sepse na diminuição de sua incidência, por meio de um estudo quantitativo, descritivo e transversal realizado com estudantes do curso de medicina e médicos, durante o período de setembro de 2020 a maio de 2021. Foram incluídos no estudo 50 indivíduos, sendo 24 (48%) estudantes de Medicina do 8° período, 6 (12%) internos e 20 (40%) médicos de dois hospitais da cidade de Manaus-AM. Os resultados foram determinados a partir da análise dos questionários elaborados pela própria equipe de pesquisa. A comparação entre os grupos demonstrou que todos os participantes tiveram maior dificuldade na constatação dos critérios do escore SOFA, tendo os médicos 50% de acertos, internos 16,7% e estudantes 25%, seguido pela questão sobre atualização das definições pelo Sepsis-3, com 60% de acertos. A higienização das mãos foi a temática com maior número de acertos entre os três grupos. Os internos tiveram maior porcentagem de acertos nos temas relacionados a higienização das mãos, pacote de tratamento de 6 horas e escore qSOFA. Os estudantes do 8° período tiveram maior facilidade nas questões do formulário mais relacionadas à higienização das mãos (100%), obrigatoriedade da coleta de lactato (95,8%), pacote de tratamento de 6 horas (95,8%) e definição da síndrome (95,8%). A análise dos dados permite concluir que os entrevistados tiveram conhecimento adequado sobre a sepse, porém ainda são necessárias atualizações em relação aos novos conceitos e ferramentas de diagnóstico sugeridas pelo Sepsis-3. Apesar das divergências em relação à aplicabilidade deles no contexto de países com menos recursos, como o Brasil, a instituição de um protocolo unificado é imprescindível para a diminuição da mortalidade da sepse.
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
ÁREA: EDUCAÇÃO MÉDICA EM INFECTOLOGIAPI 092
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AVALIAÇÃO SOBRE CONHECIMENTO DE SEPSE ENTRE OS ESTUDANTES DE MEDICINA E MÉDICOS
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Karoline Helena Ribeiro Gomes Pires, João Hugo Abdalla Santos, Bruna Borges Santos, Barbara Vasconcelos Santos, Tamara Vilela Bueno, Giulia Crisóstomo Feitosa Carvalho, Fransçoeyde Franceschi Jacob Furlan
Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, AM, Brasil
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