Globalmente, cerca de 5 milhões de jovens com idades entre 15-25 anos vivem com o HIV, sendo uma parte deste grupo composta por aqueles que adquiriram a infecção por via vertical. Essa população constitui a única faixa etária em que a mortalidade relacionada ao HIV continua em curva ascendente. Estudos avaliando pacientes infectados pelo HIV-1 de forma vertical descrevem prioritariamente a população pediátrica, com poucos estudos acerca de jovens adultos e sua progressão de doença. Para melhor compreensão dessa população, cujo manejo da infecção pelo HIV se mantem desafiadora, analisamos 90 adultos que adquiriram HIV por via vertical, em acompanhamento em um Hospital terciário. Desta população, a média de idade é de 23 anos, sendo 47% do gênero feminino e 53% masculino. Todos receberam recomendação de uso de ARV, sendo que em 34% da população estudada, não havia controle virológico. Nestes, a mediana de HIV-RNA era 4096 cópias/mL. Por outro lado, do ponto de vista imunológico, 91% dos pacientes apresentavam contagem de células T CD4 > 200 cél/mm3, com mediana de CD4 de 644 cél/mm3, com relação CD4/CD8 mediana de 0,8. Contrário ao esperado, a combinação de ARV mais utilizada é TDF/3TC/DTG. Da população analisada, 52 participantes foram submetidos a genotropismo durante o seguimento, sendo que 71% apresentava vírus R5-trópico. Finalmente, retenção de tratamento foi analisada, nos anos 2019, 2020 e 2021, mostrando que 71% dos pacientes fechou critérios de retenção de tratamento. Por outro lado, a frequência em consultas, definida como “retenção do cuidado” foi menor, com 29% preenchendo as definições utilizadas. Demais dados demográficos e análises, incluindo de como a pandemia da COVID-19 influenciou a retenção de cuidado e o tratamento, serão apresentadas.
Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 120
Full text access
AVALIAÇÃO DE ADULTOS QUE ADQUIRIRAM HIV POR VIA VERTICAL EM ACOMPANHAMENTO EM UM HOSPITAL NO SUL DO BRASIL
Visits
1628
Amanda Savariego Gabriel, Monica Maria Gomes da Silva
Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
Full text is only aviable in PDF