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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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AUTÓPSIA MINIMAMENTE INVASIVA: LIÇÕES A PARTIR UM CASO DE RAIVA HUMANA
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Luís Arthur Brasil Gadelha Fariasa,
Corresponding author
luisarthurbrasilk@hotmail.com

Corresponding author.
, Deborah Nunes de Melob, Ana Karine Borges Carneiroc, Kellyn Kessiene de Sousa Cavalcantec, Antônio Silva Lima Netod, Tania Mara Silva Coelhod, Luciano Pamplona de Goes Cavalcantie, Lauro Vieira Perdigão Netoa
a Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ), Fortaleza, CE, Brasil
b Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), Fortaleza, CE, Brasil
c Laboratório de Saúde Pública e Análises Clínicas (LACEN), Fortaleza, CE, Brasil
d Secretária de Saúde do Estado do Ceará (SESA), Fortaleza, CE, Brasil
e Escola de Saúde Pública do Estado do Ceará (ESP-CE), Fortaleza, CE, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/objetivo

A Autópsia Minimamente Invasiva (AMI) é uma abordagem baseada em agulha destinada a coletar amostras dos principais órgãos e fluidos do cadáver. AMI é uma técnica validada como alternativa à autópsia convencional. O procedimento reduz acentuadamente a desfiguração do corpo em comparação com a autópsia completa, com maior aceitabilidade pelas famílias dos falecidos pacientes e maior rapidez para liberação do corpo. Ela já tem sido utilizada para a investigação post-mortem de várias doenças. Pela facilidade, tem sido considerada para casos ou situações que necessitem de celeridade. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência da aplicação da AMI em um caso de raiva humana (RH) e realizar uma revisão da literatura.

Metodologia

Estudo retrospectivo e descrição de novo método diagnóstico para RH, em Fortaleza-CE, 2023.

Resultados

Paciente masculino, 36 anos, procedente de Cariús-Ce (a 400km de Fortaleza), deu entrada na emergência com história de parestesia em membro superior direito, associado a quadro de agitação psicomotora, desorientação, espasmos musculares e diaforese. Segundo a família, sofreu mordedura por sagui no punho direito dois meses antes do atendimento e não realizou profilaxia antirrábica. O paciente foi transferido para Fortaleza-CE, e, no 6° dia de internamento, evoluiu para óbito. Mesmo sendo esclarecida sobre a importância da necropsia para o caso, a família recusou a retirada do cadáver para o Serviço de Verificação de Óbitos. No entanto, a família concordou que amostras de tecido fossem coletadas, desde que no próprio hospital. Foi enviada a equipe de AMI do SVO, sendo coletadas amostras do tecido encefálico e enviadas para o Laboratório Central de saúde pública (LACEN-Ce). As amostras foram submetidas à imunofluorescência direta (IFD) e resultaram positivas. Este resultado foi confirmado pela IFD da biópsia de nuca coletada antes do óbito.

Conclusão

Aqui relatamos um caso de RH diagnosticado por AMI, uma estratégia extensamente investigada no diagnóstico de Covid-19 e arboviroses, na impossibilidade do método convencional. O procedimento reduz acentuadamente a desfiguração do corpo em comparação com a autópsia completa, que pode aumentar a aceitabilidade pelas famílias dos pacientes. No caso descrito, os métodos convencionais resultaram inicialmente negativos, mas AMI possibilitou a coleta de histopatológico em amostragem adequada para a realização de imunofluorescência e diagnóstico rápido e assertivo.

Palavras-chave:
Raiva humana Autopsia Minimamente Invasiva Ceará
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