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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 014
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ASSOCIAÇÃO ENTRE COMORBIDADES, SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) E ÓBITO EM CRIANÇAS COM DIAGNÓSTICO DE COVID-19 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
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Gilberto da Luz Barbosa, Daniela Bertol Graeff, Eduarda Alves de Oliveira, Cristiane Barelli, Débora Miotto Lorenzetti, Luiza Souza, Natália de Oliveira Godoy, Julcemar Bruno Zilli
Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução/Objetivos

As infecções respiratórias são responsáveis pela maior parte das internações hospitalares de crianças de 1 a 4 anos no Brasil. Diante da eclosão da pandemia causada pelo vírus da síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-Cov-2), é importante conhecer o impacto dessa doença nas crianças. O objetivo do estudo foi analisar a ocorrência de Covid-19 em crianças de 0 a 9 anos de idade do Estado do Rio Grande do Sul, bem como sua associação com comorbidades e os desfechos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e óbito.

Metodologia

Estudo transversal, realizado no período de março de 2020 até abril de 2021, com dados oriundos da base de domínio público do Rio Grande do Sul. Foram incluídas crianças de 0 a 9 anos de idades infectada por Covid-19 e consideradas as seguintes variáveis: sintomas, comorbidades e desfechos de SRAG e óbito. A análise dos resultados foi com parâmetros de estatística descritiva e inferencial.

Resultados

No Rio Grande do Sul, durante o período estudado, 35.131 crianças tiveram o diagnóstico de Covid-19 confirmado, sendo que as comorbidades (pelo menos uma) estavam presentes em 1.323 (3,8%) dos casos, menos frequente que na população adulta. Quanto a frequência das comorbidades, 358 (2,7%) tinham uma comorbidade, 37 (0,3%) duas comorbidades e seis (0,02%) crianças tinham de três a quatro comorbidades associadas. As doenças respiratórias crônicas foram relatadas em 830 (56,2%) casos confirmados, as doenças cardíacas em 181 (12,3%) e a alteração na imunidade em 129 (8,7%) dos casos. Ao comparar os desfechos graves de SRAG entre as crianças com e sem comorbidades, encontrou-se respectivamente 197 (14,9%) versus 253 (0,7%) casos de SRAG com razão de prevalência: RP = 1,17 (IC 95%: 1,14-1,93) e 11 (0,8%) versus 6 (0,02%) casos de óbito com RP = 1,01 (IC95%: 1,00-1,02). Os dados disponíveis na literatura sobre a gravidade da COVID-19 em crianças com comorbidades são escassos, limitando a identificação de condições de maior risco de complicações e mortalidade.

Conclusão

No Rio Grande do Sul, as crianças raramente experimentaram as formas graves da Covid-19, porém, quando infectadas e portadoras de comorbidades, tem pior prognóstico quanto aos desfechos de SRAG e óbito. Essa análise reitera a necessidade da vigilância permanente do cuidado integral às crianças, melhorando indicadores de morbidade e diminuindo a mortalidade infantil.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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