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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
ÁREA: HIV/AIDSPI 114
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ASPECTOS SÓCIODEMOGRÁFICOS E IMPLICAÇÕES CLÍNICAS DA APRESENTAÇÃO TARDIA APÓS O DIAGNÓSTICO DE HIV-1 EM UMA COORTE NORTE BRASILEIRA
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Leonn Mendes Soares Pereiraa, Eliane dos Santos Françab, Iran Barros Costab, Igor Tenório Limab, Felipe Teixeira Lopesa, Talita Antonia Furtado Monteiroc, Olinda Macedod, Rita Catarina Medeiros Sousab, Felipe Bonfim Freitasd, Igor Brasil Costab, Antonio Carlos Rosário Vallinotoa
a Programa de Pós-Graduação em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil
b Programa de Pós-Graduação em Virologia do Instituto Evandro Chagas, Belém, PA, Brasil
c Laboratório do Vírus Epstein-Barr da Seção de Virologia do Instituto Evandro Chagas, Belém, PA, Brasil
d Laboratório de Retrovírus da Seção de Virologia do Instituto Evandro Chagas, Belém, PA, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução/objetivo

O início tardio do monitoramento específico após a aquisição do HIV-1 é multifatorial e está relacionado ao perfil social dos pacientes. Objetivamos identificar os fatores sóciodemográficos associados à apresentação tardia e as consequências clínicas resultantes em uma coorte de pacientes do Pará/Brasil.

Métodos

O total de 402 pacientes HIV-1 + foram monitorados por 24 meses, estando todos livres de terapia na coleta inicial. Aspectos sóciodemográficos foram obtidos de prontuários clínicos e questionários epidemiológicos. A carga viral foi quantificada por PCR em tempo real. A concentração de linfócitos e de citocinas foi quantificada por citometria de fluxo. Os dados longitudinais do monitoramento foram obtidos do banco SISCEL. As mutações de resistência foram sequenciadas por Sanger e plataforma 3130Ix1 e analisadas em Standford HIV Drug Resistance Database. Os esquemas terapêuticos foram obtidos do banco SICLOM.

Resultados

Cerca de 4% da coorte teve apresentação tardia entre 7 a mais de 12 meses do diagnóstico primário; a procura ocorreu por orientação de terceiros ou início dos sintomas. Renda familiar abaixo de 1 salário e relações com profissionais do sexo foram fatores associados. O atraso resultou em: Três ou mais coinfecções, a maioria viral e bacteriana; Polissintomatologia, com combinação específica de mialgia e febre; Carga viral elevada e CD4 + baixo nos 6 primeiros meses; Manutenção da terapia sem trocas ao longo dos 24 meses, porém, com maior representação de esquemas de 2ª escolha. Na pré-terapia, pacientes tardios tinham altas dosagens de citocinas TH1 e baixa dosagem de citocinas TH2 e TH17; mutações de resistência não foram frequentes.

Conclusões

Poucos fatores sóciodemográficos e comportamentais foram associados à apresentação tardia, porém, as consequências deste atraso se mostraram adversas à progressão esperada com o início imediato da terapia, principalmente nos primeiros 6 meses de monitoramento.

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