As doenças causadas por arbovírus ainda são de grande preocupação, sobretudo em regiões de clima tropical, como no Brasil, que são endêmicas. São agravos que demandam muita atenção, principalmente nas medidas preventivas. Diante disso, com todas as atenções voltadas para o novo coronavírus, é também necessário não deixar em segundo plano os casos de arboviroses. O presente estudo tem como objetivo descrever a situação epidemiológica dos casos e arboviroses na Bahia durante a pandemia de covid 19 no ano de 2020.
MétodosTrata-se de um estudo epidemiológico observacional e retrospectivo, realizado na capital do estado da Bahia, Salvador, em que foram selecionados o número de casos das arboviroses: Dengue, Zika e Chikungunya notificados nos anos de 2019 e 2020 na Superintendência de vigilância em Saúde (SUVISA).
ResultadosNo ano de 2019 foram notificados 11.193 novos casos de dengue em Salvador, enquanto no período de 2020 foram notificados 11.975, representando um aumento de 6,98%; foram registrados também em 2020: 1446 novos casos de Zika, representando um aumento de 56,66% quando em comparação com o ano de 2019; os casos de Chikungunya no ano de contabilizaram 12.918, representando um aumento de 191% quando comparado com o período de 2019 onde foram notificados 4.433.
ConclusãoDiante do exposto, torna-se notório que as arboviroses constituíram um desafio para a saúde no Estado da Bahia durante o período de pandemia do COVID-19. Além disso, uma vez que durante a pandemia da Covid-19 foi priorizado medidas de prevenção contra essa nova doença, existe a possibilidade de que as medidas de saúde pública voltadas para a prevenção das arboviroses tenham sido, em algum grau, negligenciadas. Nesse sentido, os resultados obtidos no estudo revelam a importância da implantação e melhoria das medidas de promoção da saúde mesmo durante a pandemia a fim de, sobretudo, controlar o vetor das doenças e consequentemente diminuir os índices de pessoas acometidas por alguma arbovirose.