Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 011
Full text access
ANÁLISE TEMPORAL DOS CASOS DE COVID-19 EM MULHERES GESTANTES E NÃO GESTANTES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: UMA COMPARAÇÃO ENTRE COMORBIDADES E DESFECHOS
Visits
1661
Gilberto da Luz Barbosa, Daniela Bertol Graeff, Camila Boschetti Spanholo, Lucas Estevam Malinowski, Jeferson da Silva da Silva, Rubia Marcondes Guisso de Lima, Cristiane Barelli, Julcemar Bruno Zilli, Diógenes William de Paula
Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, RS, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S1
More info
Introdução/Objetivos

A pandemia causada pelo Sars-Cov-2 apresenta-se desafiadora em alguns grupos, incluindo-se as gestantes devido ao risco elevado de morbimortalidade. Neste estudo analisamos a evolução dos casos de COVID-19 em gestantes do Rio Grande do Sul, comparadas a mulheres não gestantes, observando a presença e características de comorbidades e as consequências no desfecho final.

Metodologia

Estudo transversal realizado a partir dos dados de 01/03/2020 até 20/05/2021 da base de domínio público do Estado do Rio Grande do Sul (RS). Foram incluídos todos casos confirmados de Covid-19,no Estado do RS, em mulheres entre a faixa etária de 10 a 59 anos (n = 446.800), pois foram as faixas que possuíam gestantes, após foi criado um grupo gestantes (n=5.050) para então, por meio do procedimento estatístico de escore de propensão, criar um grupo controle homogêneo de não gestantes, utilizando as variáveis de exposição: região Covid, faixa etária e cor de pele, totalizando uma amostra de 8.916, (4.458 gestantes e 4.458 não gestantes).

Resultados

A faixa etária mais prevalente para todas as mulheres foi a de 20 e 39 anos (7.622; 85,5%) e a cor branca (7.482; 83,9%). Foram detectadas comorbidades em 670 (7,5%) mulheres da amostra total, e entre as gestantes, foi estatisticamente maior do que dentre as não gestantes, com 491 (11,0%) versus 179 (4,0%) respectivamente (≤ 0,001). Além disso, as gestantes também tiveram mais comorbidades associadas. O total de comorbidades foi 870, sendo que as mais frequentes foram: doença respiratória (n = 203; 23,3%), diabetes mellitus (n = 160; 18,4%), doença cardíaca (n = 141; 12,2%) e obesidade (n = 122; 14,0%). Comparando gestantes e não gestantes, doença cardíaca e respiratória foram similares, entretanto, obesidade (n = 71; 58,2%) e diabetes mellitus (n = 114; 71,3%) foram mais comuns em gestantes. Os óbitos ocorreram mais no grupo de gestantes (n = 26; 0,6%) do que em não gestantes (n = 10; 0,2%) (p = 0,011). Dos 26 óbitos do grupo gestantes, 21 (0,5%) foram naquelas sem comorbidades e 5 dentre as com comorbidades (1,0%) (p = 0,198), e no grupo controle, todos os 10 (0,2%) óbitos foram nas mulheres sem comorbidades (p = 1,000).

Conclusão

A maior frequência de comorbidades e de óbitos nas gestantes pode ser agravada pelas condições de vulnerabilidade desse grupo, sinalizando a necessidade de vigilância mais intensa e mais estudos para compreensão das causas desse fenômeno com intuito de minimizar seu impacto na saúde materno infantil.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools