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Vol. 28. Issue S1.
IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
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IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
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ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA DA NEUROCISTICERCOSE EXPERIMENTAL APÓS TRATAMENTO IN VIVO COM FEMBENDAZOL
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Waylla Silva Nunesa, Guaraciara de Andrade Picançob, Claudio J. Salomonc, Ruy de Sousa Lino Juniord, Yngrid Batista da Silvaa, Marina Clare Vinauda
a Laboratório de Estudos da Relação Parasito-Hospedeiro (LAERPH), Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
b Laboratório de Ciência e Tecnologia, Instituto de Biotecnologia, Universidade Federal de Catalão, Catalão, GO, Brasil
c Universidad Autónoma de Rosário, Argentina
d Laboratório de Patologia Experimental, Departamento de Biociências e Tecnologia, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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Vol. 28. Issue S1

IV Congresso Goiano de Infectologia

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Introdução

A neurocisticercose (NCC) é uma infecção do sistema nervoso central (SNC), causada pela ingestão de ovos do parasito de Taenia solium presente em água e alimentos contaminados. A presença do cisticerco no SNC gera uma interação com o sistema imune do hospedeiro, desencadeando uma resposta inflamatória que pode ser prejudicial à integridade e função do tecido nervoso. A NCC é considerada uma doença negligenciada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), além de ser uma questão de saúde pública em países em desenvolvimento.

Objetivo

Avaliar as alterações histopatológicas e a relação parasito-hospedeiro relacionadas ao tratamento in vivo com Fembendazol na neurocisticercose experimental.

Metodologia

Estudo in vivo, de protocolo 032/22, em camundongos BALB/c, fêmeas inoculados com cisticercos de Taenia crassiceps no SNC e tratados salina (60mg/kg), Fembendazol e nanoformulações de Fembendazol (60mg/kg), e eutanasiados após 30 dias. A análise histopatológica foi realizada 24h após a eutanasia, com fragmentos dos encéfalos corados em hematoxilina eosina (HE). A avaliação anatomopatológica considerou presença do parasito e suas fases de desenvolvimento. No que se refere a relação parasito-hospedeiro analisou-se processos patológicos de ependimite, coroidite, meningite, gliose, alterações locais da circulação sanguínea, edema, pigmentações patológicas, presença de macrófagos espumosos, ventriculomegalia e compressão do hipocampo. A análise é semi-quantitativa: ausente (sem comprometimento do tecido); discreta (25% a 50% de comprometimento do tecido) e acentuado (mais de 50% de comprometimento do tecido).

Resultados

A análise do grupo controle resultou na observação de cisticercos em fase larval e inicial, com comprometimento tecidual discreto, e processo patológico de meningite, vasculite, hemorragia e ventriculomegalias. O grupo de Fembendazol comum e nanoformulações, em comparação ao grupo controle, apresentou aumento de cisticercos em fase larval, inicial e final, comprometimento tecidual acentuado, e processo patológico de meningite, ependimite, vasculite, hemorragia, edema e ventriculomegalias.

Conclusões

O Fembendazol e as nanoformulações demonstraram ser capazes de induzir resposta inflamatória acentuada, demonstrada pelo aparecimento de macrófagos espumosos no SNC, necessária para a destruição do parasito. Salienta-se a necessidade de continuar os estudos desse fármaco, a fim de trazê-lo como opção ao tratamento de pacientes com NCC.

Apoio

CNPQ - 303825/2023-5; 403230/2021-7

Palavras-chave:
Neurocisticercose
Sistema Nervoso Central
Fembendazol
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