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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 281
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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA, POR MEIO DO GEOPROCESSAMENTO E QUESTIONÁRIO COM AGENTES DE COMBATE ÀS ENDEMIAS, DOS CASOS DE LEISHMANIOSE VISCERAL E LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA EM BIRIGUI- SÃO PAULO
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Nathan Bardini Anhê, Alex Martins Machado, Aline Rafaela da Silva Rodrigues Machado
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campo Grande, MS, Brasil
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Introdução/Objetivo

A cidade de Birigui, durante sua origem, tinha grande quantidade de mosquitos da subfamília Plebotominae, originando o nome da cidade com origem Tupi Guarani. Além disso, por ter grande quantidade desses insetos na região, a Leishmaniose Visceral (LV) e a Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) podem ser disseminadas mais facilmente, uma vez que eles são os vetores da doença. Por conta desse fator, Birigui e Araçatuba, foram as primeiras cidades de São Paulo a detectarem, em 1999, casos de LV, a partir desses pontos a doença se disseminou via Ferrovia Novoeste. Objetivou-se determinar a distribuição dos casos confirmados de LV e LTA em Birigui/SP entre 2010/2020, identificando os locais de maior incidência e pontuando possíveis fatores de risco para a doença.

Método

Estudo retrospectivo observacional, coletou-se dados de LV e LTA notificados pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica de Birigui. Efetuou-se o geoprocessamento dos endereços coletados e plotados com os dados da hidrografia e realizou-se entrevistas com 47 agentes de combate às endemias. Com posterior análise dos dados e identificação dos fatores de risco locais.

Resultados

Foram-se encontrados 260 casos no total, sendo 27 de LTA e 233 de LV. Mais pacientes masculinos foram acometidos (LV 60,1%, 140/233 e LTA 62,96%, 17/27) e/ou brancos (LV 71,7% 167/233 e LTA 92,59%, 25/27). Os bairros Quemil, João Clevelaro, São Brás e Toselar se destacaram com 42/233 dos casos de LV e os bairros Monte Líbano e COAB III com 7/27 dos casos de LTA. A hidrografia também foi um forte fator influenciador na localização dos casos. O Córrego do Baixote está próximo dos bairros Quemil e João Clevelaro; o Córrego Biriguizinho do bairro Quemil e São Brás; o Riacho Moimás do Monte Líbano, indicando, assim, possível associação da hidrografia com a doença. Com o questionário aplicado nos agentes de combate a endemias, identificou-se quatro principais fatores de risco na cidade, sendo eles: presença de matéria orgânica abundante (45-29/47 dos questionários, variando entre os bairros), árvores frutíferas (27-13/47), galinheiros (32-11/47) e animais domésticos (40-33/47).

Conclusão

O perfil de pacientes acometidos com LV e LTA no município são homens e/ou brancos, que moram em bairros próximos a áreas de hidrografias. Os fatores de risco, em sua maioria, se devem a falta de medidas de higiene e limpeza local, por isso, para reduzir os casos, faz-se necessário focar nessas medidas profiláticas.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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