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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
ÁREA: SAÚDE GLOBAL (MEDICINA DE VIAGEM, MEDICINA TROPICAL)PI 290
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ACHADOS NEUROLÓGICOS EM NECROPSIAS DE PACIENTES COM DENGUE: UM ESTUDO ANALÍTICO
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Lucas Fernandes Vasques, Beatriz Camargo Gazzi, Evelin Leonara Dias da Silva, Maria Stella Amorim da Costa Zöllner
Universidade de Taubaté (UNITAU), Taubaté, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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A dengue é uma arbovirose com expressiva amplitude clínica, podendo cursar tanto com uma síndrome febril autolimitada, quanto com choque grave. Dentre os quatro sorotipos virais da dengue, DENV-2 e DENV-3 são os que possuem maior neurotropismo, estando, portanto, mais associados com lesões neurológicas, tais como encefalites, meningites e mielites. No entanto, cabe ressaltar que a neuroinvasão não está, necessariamente, associada a lesões, embora essas sejam cada vez mais prevalentes, sobretudo nos casos graves. Dessa forma, a identificação de lesões cerebrais associadas a marcadores virais são cruciais para a compreensão da neuropatogênese da dengue, além da determinação da incidência desse acometimento. Assim, propõe-se a análise de necropsias de pacientes infectados pelo vírus da dengue, a fim de averiguar a incidência de acometimentos do Sistema Nervoso Central. Trata-se de uma pesquisa analítica, cujos resultados foram retirados de relatos de caso, nos quais houve estudo de tecidos neurológicos post mortem, presentes nas bases de dados Pubmed, Medline e Lilacs e publicados no intervalo de tempo de 2011 a 2021, com os seguintes descritores: “Dengue” e “Autopsy”. Dentre os artigos analisados, foram consideradas as variáveis: número de necropsias, metodologia da confirmação do diagnóstico e os achados neurológicos. Entre os resultados, evidenciou-se que 29, dos 37 casos estudados (78%), apresentaram alterações do Sistema Nervoso Central. A respeito das lesões, identificou-se uma predominância de sinais de hipóxia (35,13%), edema (24,32%) e congestão (21,62%), com uma menor incidência de Inflamação (10,8%), hemorragia (8,1%), petéquias (5,4%), coágulos (5,4%), infartos (5,4%) e casos isolados de microabscessos (2,7%) e herniação (2,7%). No entanto, cabe ressaltar que a presença de lesões neurológicas não condiz, necessariamente, com manifestações clínicas desse sistema, podendo ou não estar associadas. Portanto, é atestada a correlação entre neuro-acometimentos e infecção por sorotipos de dengue, sobretudo em casos graves, sendo que a apresentação dessas patologias foi bastante variada. Dessa forma, a investigação, através das autópsias, possibilita uma maior compreensão da neuropatogênese da dengue, facilitando futuros diagnósticos. Reitera-se a necessidade de contenção do número de casos dessa arbovirose, através de políticas públicas de educação em saúde e prevenção, com o intuito de redução, tanto da transmissão viral quanto dos casos graves.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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