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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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ANÁLISE DA MORBIDADE HOSPITALAR POR AMEBÍASE NAS DIFERENTES REGIÕES BRASILEIRAS ENTRE 2012 E 2022
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Bruna Ribeiro Nerya,
Corresponding author
brunanery20.2@bahiana.Edu.br

Corresponding author.
, Daniel Costa Cordeiroa, Gabriela Barreto Espinheiraa, Luísa Mayan Ventin Covrea, Ianne Acássia Rapôso Duarte Costaa, Maria Tereza de Sá Sarmentoa, Maria Eduarda Trindade Guimarães Magalhãesa, Marlon Borges do Nascimento Júniora, Maria Eduarda Nogueira Conti Burgosa, Mayane Macedo Pereira dos Santosb
a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, BA, Brasil
b Universidade Salvador (UNIFACS), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/objetivo

Esse estudo visa analisar a morbidade hospitalar da Amebíase por regiões da Federação entre os anos de 2012 e 2022, com a finalidade de identificar locais mais susceptíveis ao contágio e agravamentos decorrentes da infecção.

Metodologia

Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e de caráter descritivo, realizado a partir de dados secundários obtidos do departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram coletados dados de internações hospitalares dos anos de 2012 a 2022 das 5 grandes regiões do país por local de residência.

Resultados

Em todos os anos, a região Sul teve a maior taxa de internações hospitalares por Amebíase a cada 100.000 habitantes, com o maior valor (7220) apresentado em 2019. Em geral, a região Centro-Oeste possui a segunda maior taxa, atingindo seu valor máximo (5882) em 2013. As regiões Norte e Nordeste alternam entre si a terceira maior taxa de incidência de internações por Amebíase a cada 100.000 habitantes, atingindo valores máximos de 5851 (2019) e 5739 (2013). O Sudeste possui as menores taxas nos anos estudados, apresentando o valor máximo de 5440 em 2022. Ao compararmos as taxas de 2012 a 2022, foi possível observar discreta melhora das taxas de incidência nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sul (diminuição de 160, 156 e 12 internações por 100.000 habitantes/ano, respectivamente). Por outro lado, no mesmo período, as regiões Sudeste e Nordeste apresentaram um aumento de 238 e 112 internações por 100.000 habitantes/ano, respectivamente.

Conclusão

Diante dos dados obtidos, é possível inferir que o cenário da amebíase no Brasil não sofreu grandes alterações na última década. Contudo, o aumento das internações nas regiões Sudeste e Nordeste, associado a uma diminuição pequena da taxa nas demais regiões, sugere que ações preventivas mais efetivas são necessárias. Portanto, sabendo que a transmissão ocorre pela via fecal-oral e visando diminuir a prevalência da amebíase no país, é preciso investir em políticas públicas que objetivem a expansão e melhoria das redes de saneamento básico municipais, além de incentivar hábitos de higiene relacionados à lavagem das mãos e preparo adequado dos alimentos através de campanhas educativas em escolas, unidades básicas de saúde e meios de comunicação.

Palavras-chave:
Amebíase Morbidade Incidência
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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