12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoIntrodução: As infecções sexualmente transmissíveis (IST) estão entre as causas mais frequentes de busca por assistência no mundo, com consequências sociais, econômicas e sanitárias muito relevantes. Algumas dessas patologias afetam significativamente a saúde sexual e reprodutiva dos indivíduos acometidos, das quais se destacam, as infecções por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, por conta da sua magnitude e transcendência.
Objetivo: Analisar a relação entre o número de internações, a mortalidade e a relação com o gasto público gerado no país, nos últimos cinco anos, nas diversas regiões do Brasil, apontando os avanços e desafios no manejo desses pacientes.
Metodologia: Trata‐se de um estudo epidemiológico descritivo, nas regiões do Brasil, com dados do SIH/SUS, disponibilizados pelo DATASUS no período de 2015 a 2019.
Resultados: Ao analisar os dados a partir da plataforma de dados, observa‐se, no Brasil, que nesses últimos cinco anos o total de internações devido a clamídia foi de 321, sendo a maior parte desses casos localizados na região Nordeste (134), enquanto apenas 25 casos foram encontrados na Norte. Por outro lado, as regiões Nordeste e Sudeste, juntas, foram responsáveis por abranger 62,5% dos casos de gonorreia no país (563).
Discussão/Conclusão: Dessa forma, faixa etária mais acometida, a maior parte dos casos de ambas as doenças estão concentradas em adolescentes e adultos jovens. Porém, deve‐se atentar ao fato de os recém‐nascidos adquiriram gonorreia, refletindo o acometimento neonatal. A média de diárias por internação é de por clamídia e maior que na gonorreia e somado a isso, o valor médio gasto por internação na clamídia e sua taxa de mortalidade também é mais alto na infecção por clamídia. Diante do exposto, demonstra‐se que o número de casos é reduzido, sugerindo uma subnotificação dos dados. É necessário que os profissionais alimentem os sistemas de notificação visando um maior conhecimento da realidade local para que possam ser geradas políticas e intervenções de acordo com a situação de cada estado, sendo pautadas em medidas de prevenção, como o rastreamento de infecções sexualmente transmissíveis e programas de redução de risco.