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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐018
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AGAMAGLOBULINEMIA LIGADA AO X E COVID‐19: RELATO DE CASO DE MELHORA APÓS USO DO PLASMA CONVALESCENTE
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Máderson Alvares de Souza Cabral, Thalyta Nogueira Fonseca, Luisa de Oliveira Pereira, Marília Fernanda Santos Cardoso, Gabriela Assunção Goebel, Helena Duani, Luciana Araújo Oliveira Cunha
Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais (HC‐UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Os anticorpos neutralizantes específicos direcionados contra vírus são importantes para recuperação de doenças nos pacientes com Imunodeficiência Humoral. Relatamos caso de paciente com Agamaglobulinemia ligada ao X (ALX) e diagnóstico de COVID‐19 com rápida melhora clínica e laboratorial após uso de plasma hiperimune derivado de pacientes convalescentes.

Objetivo: Relatar caso de paciente com Agamaglobulinemia ligada ao X e COVID‐19 com melhora após uso do plasma convalescente.

Metodologia: S.R.J., 29 anos de idade, masculino, sem doença pulmonar crônica, iniciou quadro de coriza e tosse seca em junho de 2020. Fez uso de ivermectina dose única e amoxicilina com clavulanato por 8 dias antes do atendimento no serviço de referência. Evoluiu com febre, desconforto respiratório, pneumonia grave e alterações tomográficas bilaterais típicas com acometimento pulmonar de cerca de 50%. Apresentou dois RT‐PCR positivos para SARS‐CoV‐2 (25/06 e 07/07/2020). Necessitou de internação na UTI e de suporte ventilatório não invasivo com altas concentrações de oxigênio. Manteve linfopenia persistente e relevante elevação de proteína C reativa, LDH e RNI. Evolução clínica refratária ao uso de azitromicina, dexametasona, anticoagulação profilática, pronação espontânea e imunoglobulina dose habitual. No vigésimo‐quinto dia dos sintomas, foi administrado plasma convalescente para COVID‐19, uma dose de 90mL e outra de 200mL com intervalo de 60 horas entre elas. Após a segunda infusão de plasma, houve melhora clínica e aumento significativo dos linfócitos, de 520/μL para 1000/μL, alcançando o valor de 1960/μL no décimo dia quando recebeu alta hospitalar com boas condições clínicas.

Discussão/Conclusão: Observa‐se uma evolução favorável em pacientes com ALX infectados por SARS‐CoV‐2 possivelmente devido a uma resposta T celular que independe de produção de anticorpos. No entanto, como descrito acima, alguns pacientes podem evoluir com exaustão linfocitária com consequente quadro clínico grave e prolongado. A transfusão de plasma convalescente é uma potencial opção terapêutica para redução da mortalidade nesses casos.

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