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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 83 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 83 (December 2018)
EP‐096
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ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL DIFERENCIADO DE PACIENTES COM AIDS AVANÇADA
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Maísa Miguel Benette, Stephanie Mucheli, Cristiane da Cruz Lamas
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI‐Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 8 ‐ Horário: 14:12‐14:17 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: O Brasil tem em média 40 mil novos diagnósticos de HIV por ano. Mesmo com testagem e tratamento gratuitos, ainda é alta a quantidade de diagnósticos tardios, especialmente em pacientes jovens.

Objetivo: Acompanhar diferenciadamente pacientes com Aids avançada, definida como CD4<100, reforçar a adesão à terapia antirretroviral, em ambulatório pós‐alta.

Metodologia: Estudo seccional com intervenção da equipe através da aplicação do questionário e acompanhamento clínico e farmacêutico. A amostra é de conveniência, de pacientes com alta recente, de setembro 2017 a maio de 2018. Foram incluídos pacientes adultos que assinaram o termo de consentimento. Foram aplicados questionários, um especificamente desenhado para o estudo, o de avaliação de capacidade funcional ADL (Activities of Daily Living) e instrumental ADL e o de qualidade de vida (WHOQOL‐HIV).

Resultado: Foram recrutados 17 pacientes, a maioria do sexo masculino (94,1%), com idade 38,9±8,4 anos, 70,5% heterossexuais e solteiros (66%). Quanto a trabalho, 52,9% não tinham ocupação e 76,4% residiam com parentes. Quanto à via de transmissão de HIV, 52,9% relatavam ter sido sexual, mas 41% dos candidatos desconheciam a via de transmissão. Todos tinham sido internados no último ano com Aids, cinco internações por pneumocistose (29%), quatro por tuberculose disseminada (23,5%) e duas por histoplasmose disseminada (11,7%). Contagem de CD4 mostrou média de 136±122 células, percentual de CD4 de 8,8±6% e relação CD4/CD8 de 0,15±0,14. Quanto a hábitos, 29,4% fumavam, 35,3% ingeriam bebida alcoólica e 23,6% usavam drogas ilícitas. Quando perguntados sobre o que facilitaria a adesão ao tratamento, 64,7% destacaram comprimidos menores, 47% responderam que menos efeitos colaterais, 82,3% relataram a tomada uma vez ao dia. Apenas 17,6% preferiam medicação em injeção. Em relação à qualidade de vida, 56% relataram ter uma boa qualidade de vida, 50% ter sentimentos negativos, como ansiedade, depressão, mau humor e desespero. Contudo, 43,7% estavam satisfeitos com a própria saúde.

Discussão/conclusão: A maioria dos pacientes do ambulatório pós‐alta era homem e heterossexual. O percentual de CD4 e a relação CD4/CD8 espelharam melhor o grau de imunocomprometimento. Consultas médicas frequentes ajudaram na adesão à TARV. Mesmo com Aids avançada, a maioria relatava boa qualidade de vida e muitos estavam satisfeitos com a própria saúde, apesar de sentimentos de negatividade.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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