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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 089
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USO DO TESTE DE ANTÍGENO EM SUBSTITUIÇÃO AO RT-PCR NO PRONTO-ATENDIMENTO É POSSÍVEL? A EXPERIÊNCIA DA BAIXADA SANTISTA
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Evaldo Stanislau Affonso de Araújoa, José Renato Condursib, Cícero Ricardo Dias Santanab, Olimpia Nakasoneb, Ricardo Alexandre Santana D'Almeidab
a Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
b Unimed Santos, Santos, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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O advento da testagem para detecção do antígeno do SARS-CoV-2 trouxe um rol de possibilidades antes inexistentes apenas com a oferta do RT-PCR. A principal vantagem é a do diagnóstico imediato e da pronta adoção de todas as medidas de aconselhamento, seguimento e contenção cabíveis no serviço de urgência. Mesmo na saúde suplementar o tempo médio de espera pelo resultado de um RT-PCR ultrapassava 48 horas o que tornava as intervenções menos eficazes, sobretudo em casos oligossintomáticos onde a adesão às medidas de contenção tende a ser menor. E a acurácia diagnóstica e a efetividade da conduta médica poderiam ser prejudicadas pela ausência de um diagnóstico imediato. Por essa razão considerou-se a adoção do teste rápido de antígeno no PA da Unimed Santos. Antes da introdução foi realizada a validação do método comparando antígeno e RT-PCR diretamente observando-se uma sensibilidade de 83% e especificidade de 100%. Adotou-se ainda um fluxograma conservador onde mediante um resultado negativo repetia-se a coletada do antígeno em 48 horas e/ou a realização do RT-PCR. Foi feita ainda uma capacitação técnica dos profissionais médicos e não-médicos sobre os princípios da técnica, utilização e interpretação. O teste era desconhecido pela maioria dos médicos assistentes. A partir de janeiro de 2021 o teste de antígeno (Panbio-AbbottR) foi adotado como primeira linha diagnóstica. Em sendo positivo no contexto pandêmico e de pacientes sintomáticos foi considerado como diagnóstico (em linha com as diretrizes do Ministério da Saúde do Brasil). Entre janeiro e agosto de 2021 a média de atendimentos diário foi de 273 casos. No mesmo período foram realizados 37.193 testes de antígeno para COVID-19. A taxa de positividade mês a mês foi de 27,70%, 23,30%, 31,90%, 26,60%, 26,60%, 21%, 14,10% e 9,80% respectivamente. Importante notar que nos meses de janeiro e fevereiro o total de testes foi significativamente menor e, conforme os médicos aprenderam a utilizá-lo e compreenderam sua interpretação, houve um crescimento significativo no uso. O impacto farmacoeconomico da adoção do teste de antígeno é analisada em outra publicação. Do ponto de vista médico e, sobretudo em um cenário conservador com a oportunidade de reteste ou uso de RT-PCR para casos dúbios, a experiência da Unimed Santos foi extremamente favorável e permitiu manter a acurácia diagnóstica ganhando agilidade e melhor performance para conduzir as ações de assistência e prevenção da Covid-19.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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