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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 085
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STEWARDSHIP EM UTI COVID-19 DE UM GRANDE HOSPITAL EM RECIFE DURANTE A PANDEMIA, O QUE MUDOU DE 2020 A 2021?
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Demetrius Montenegro, Michelli França Evaristo, Nathália Gabriella Catão Ferreira Verçosa Leite, Fabiana Veríssimo dos Santos Barros, Gerlany Gisely Bezerra da Silva, Fernanda Karoline Macedo Nascimento de Farias, Cibelle Soares Saturnino, Priscila Maia Souza de Carvalho, Clênia Vanuza Cavalcanti de Siqueira, Tiago Luiz Lagedo Ferraz, Millena Raphaela da Silva Pinheiro
Real Hospital Português, Recife, PE, Brasil
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Introdução/objetivo

A OMS considera o aumento da resistência antimicrobiana uma preocupação global, estimando que será a principal causa de óbito em 2050. Com as prescrições inapropriadas de antibióticos na pandemia é previsto uma piora dessa problemática, anulando alguns progressos alcançados por alguns países. O Real Hospital Português, localizado em Recife, é o maior centro hospitalar do norte-nordeste e referência para atendimento de pessoas com COVID-19. O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) realiza intervenções para prevenção de infecções e diminuição do impacto do uso indiscriminado de antibióticos. O objetivo do trabalho é comparar dados clínicos e demográficos, prescrição de antimicrobianos, agentes isolados e perfil de resistência nos meses de maior número de internamento por COVID-19 de 2020 e 2021 nas UTI´s após realização das ações do SCIH para o uso racional de antimicrobianos.

Métodos

Análise de 410 prontuários e planilhas de acompanhamento de pacientes com COVID-19 para controle de isolamento, infecções, resultados de culturas e prescrição de antimicrobianos.

Resultados

Em 2020 e 2021, maio foi o mês com maior número de admissões, 189 e 221 respectivamente. O sexo masculino foi mais prevalente em ambos (60% e 63%). 36% (68) dos internamentos em uti em 2020 e 11% (25) em 2021 tinham mais de 75 anos. O número de antimicrobianos prescritos entre 2020/2021, caiu de uma média 3 antibióticos/paciente para 1,9 e os que não receberam antimicrobianos passaram de 10,5% (20) para 23% (57) com redução de 32% no DDD/meropenem. O número de esquemas de antimicrobianos prescritos por paciente caiu de 2,2 para 1,6. Nos 2 anos, Candida sp foi o principal agente em hemoculturas, seguida por Staphylococcus aureus, em 3° Pseudomonas aeruginosa (2020) e Klebsiella pneumoniae (2021). Nos aspirados traqueais as mais frequentes foram Pseudomonas aeruginosa, Stenotrophomonas maltophilia e Acinetobacter baumannii em 2020. Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Klebsiella pneumoniae em 2021. Melhorou a sensibilidade da Pseudomonas aeruginosas e Klebsiella pneumoniae em relação ao meropenem, 57% para 79% e 62% para 71%, respectivamente. Já o Acinetobacter baumannii a sensibilidade ao meropenem teve uma queda de 25% para 0%, mas 100% de sensibilidade à colistina.

Conclusão

As intervenções do SCIH aliadas ao maior conhecimento da COVID-19 reduziram a prescrição de antimicrobianos, melhorando o perfil de sensibilidade aos carbapenêmicos.

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