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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-073
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SITUAÇÃO VACINAL CONTRA HEPATITE B ENTRE OS RESIDENTES DE MEDICINA VÍTIMAS DE ACIDENTE DE TRABALHO COM EXPOSIÇÃO A MATERIAL BIOLÓGICO
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Inajara de Cassia Guerreiro, Fernanda Sucasas Frison, Herling Gregório Aguilar Alonzo, Elaine Cristina Paixão de Oliveira
Centro de Saúde da Comunidade (CECOM), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

A hepatite B destaca-se entre os tipos existentes de hepatites viis devido à alta transmissibilidade e as diferentes vias de contágio, dentre elas à exposição a agulhas ou outros instrumentos cortantes contaminados com material biológico. O risco de infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) após uma única exposição é significativamente maior quando comparado ao risco do vírus HIV e da hepatite C. Qualquer indivíduo pode ser exposto ao VHB, no entanto existem grupos nas populações que apresentam risco aumentado, como os profissionais de saúde, que estão em constante exposição durante as atividades laborais.

Objetivo

Analisar a cobertura vacinal contra hepatite B e a presença do anticorpo anti-HBS entre os residentes de medicina vítimas de acidente de trabalho com exposição a material biológico, em um complexo hospitalar universitário da cidade de Campinas, interior de São Paulo.

Método

Estudo descritivo, retrospectivo, quantitativo baseado na análise dos dados das fichas de notificação (n = 880) dos acidentes registrados pelos residentes de medicina, no período de 2011 a 2020.

Resultados

As mulheres foram as que mais se acidentaram com 53,7% da amostra. Em relação às características dos acidentes, 81,4% ocorreu devido à exposição percutânea, o sangue foi o material orgânico mais envolvido em 91% dos casos, e as circunstâncias mais registradas que levaram ao acidente foram os procedimentos cirúrgicos e suturas, com 53,40%. Quanto ao estado vacinal contra a hepatite B, 99,2% declararam ter o esquema vacinal completo (03 doses), e a presença do anti-Hbs reagente (valor igual ou superior a 10 mUI/mL) foi detectado em 91%. O uso da Imunoglobulina Hiperimune contra a Hepatite B foi necessária em um caso, devido o residente de medicina apresentar anti-HBs não reagente, e o acidente com um paciente fonte positivo para Hepatite B.

Conclusão

Os achados demonstram que, apesar do risco de contaminação para o vírus da hepatite B associados ao acidente, os profissionais estavam protegidos devido a elevada cobertura vacinal e com comprovação da imunidade. A vacinação contra o VHB constitui-se como fator fundamental no impedimento da infecção ocupacional. A elevada adesão dos residentes de medicina à vacinação contra o VHB verificada tem como possíveis hipóteses: facilidade de acesso aos serviços de saúde, gratuidade da vacina, baixa resistência do público em aderirem às medidas de proteção, e a exigência de comprovação vacinal no ato da matrícula no Programa de Residência Médica presente na instituição.

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