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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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SEGUIMENTO CLÍNICO E FATORES ASSOCIADOS AO DIAGNÓSTICO TARDIO DO HIV/AIDS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO BRASIL
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Ligia Maria Nascimento Arantes
Corresponding author
ligiausp@hotmail.com

Corresponding author.
, Renata Karina Reis, Elucir Gir, Andrey Oeiras Pedroso, Marcela Antonini, Priscila Silva Pontes Pereira
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivo

O diagnóstico precoce da infecção pelo HIV deve ser uma das prioridades para o controle da aids. Houve um grande avanço no tratamento, diagnóstico e prevenção, mas ainda há diversas barreiras para enfretamento e controle do HIV. Os hospitais ainda recebem pacientes com doença avançada, apesar de todos os esforços para o diagnóstico oportuno. O estudo visou identificar os fatores associados ao diagnóstico tardio e monitorar clinicamente pacientes recém diagnosticados com HIV/aids.

Método

Estudo longitudinal retrospectivo, baseado em dados secundários de uma unidade especializada, em um hospital terciário no interior paulista. A coleta de dados incluiu dados sociodemográficos, comportamentais, clínicos e laboratoriais de pacientes recém diagnosticados com HIV, coletados do prontuário eletrônico que chegaram para primeiro atendimento hospitalar entre 2015-2019. A análise dos dados utilizou os softwares estatísticos SPSS e abordou estatística descritiva e inferencial: teste do Qui-Quadrado, Exato de Fisher, T pareado, regressão logística multivariada e multinominal, com significância estatística de 5% (α ≤ 0,05). O estudo foi apreciado pelo CEP sob n° do parecer 4.143.945.

Resultados

314 pessoas foram recém diagnosticadas com HIV/aids. 70,3% (208) tiveram diagnóstico tardio e 57,1% (169) muito tardio. Houve associação do diagnóstico muito tardio com as variáveis sexo e escolaridade e com: origem, entrada, ocorrência de doenças oportunistas, uso de TARV e óbito, essas com diagnóstico tardio e muito tardio, respectivamente. O seguimento clínico do dia zero e doze meses após apresentou melhora na contagem de CD4, carga viral e indivíduos indetectáveis. A regressão multinominal mostrou uma chance de ocorrência de óbito - 6,17 vezes maior em 2017 quanto em 2015 e chance de ocorrência de perda de seguimento 4,31 vezes maior no mesmo período. A modalidade de entrada pelo primeiro atendimento teve uma chance menor de ocorrência de óbito do que os pacientes originários de enfermaria (87,73%).

Conclusão

Este estudo evidenciou alta prevalência de diagnóstico tardio e muito tardio em pacientes recém diagnosticados para o HIV, na maioria homens, que se apresentavam com doenças oportunistas, necessitando de internação hospitalar, com grande risco de evoluir para óbito. Recomenda-se novas medidas e campanhas protetoras na redução de casos de apresentação tardia, ampliação da testagem e ações para efetivação da política nacional de saúde do homem.

Palavras-chave:
HIV Síndrome da Imunodeficiência Adquirida Diagnóstico Tardio Enfermagem
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