Resistência transmitida é a presença de mutações de resistência aos antirretrovirais em pacientes virgens de tratamento. Avaliar a prevalência de resistência transmitida aos antirretrovirais em pacientes atendidos em um centro de referência em Infectologia do estado do Piauí;identificar a prevalência de resistência transmitida às classes de antirretrovirais; identificar as mutações principais e acessórias associadas à resistência antirretroviral; identificar os subtipos de HIV predominantes;descrever as características sóciodemográficas, clínicas, epidemiológicas e laboratoriais de pacientes que realizaram genotipagem pré-tratamento.
MétodosEstudo de série de casos,observacional,descritivo e retrospectivo.
ResultadosO estudo revelou 29,6% de resistência transmitida (41,7% nas crianças e 20% nas gestantes). As gestantes apresentaram 13,3% de mutação principal para os ITRN e ITRNN e as crianças 25% aos ITRNN e 16,6% aos IP. As mutações principais nas crianças foram K103N,V108I e E138A para ITRNN e M36I e L10I para IP e nas gestantes foram T215D e T215L para os ITRN e E138A para ITRNN. Mutações acessórias de resistência ocorreram em mais da metade dos casos,nos dois grupos. As gestantes estavam todas assintomáticas e 60% apresentaram CD4 inferior a 350 cel/mm3; entre as crianças, 41,7% apresentavam alterações clínicas e 75% CD4 abaixo do normal para a idade. Carga viral acima de 100.000 cópias foi observada em 13,3% das gestantes e 66,7% das crianças. O subtipo B foi identificado em todas as crianças e na maioria das gestantes;e o subtipo C em 13,3% das gestantes.
ConclusãoObservou-se alta prevalência de mutações principais relacionadas a resistência transmitida.