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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 199
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RELEVÂNCIA DA TROMBOCITOPENIA EM NEONATOS COMO INDICADOR SUGESTIVO DE CANDIDEMIA
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Roberta Clark Gomesa, Cicero Pinheiro Ináciob, Greicilene Maria Rodrigues Albuquerqueb, Danielle Patrícia Cerqueira Macêdoc, Carolina Maria da Silvad, Rejane Pereira Nevese, Luciana Maria Delgado Romagueraf
a Hospital Agamenon Magalhães (HAM), Recife, PE, Brasil
b Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
c Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
d Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Serra Talhada, PE, Brasil
e Departamento de Micologia, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
f Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução/Objetivo

A ocorrência de infecções por espécies de Candida em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal constituem um sério problema hospitalar. Para enfrentar essa situação, o tratamento empírico com antifúngicos tem se tornado crescente, sobretudo na existência de fatores de riscos e alterações inespecíficas no hemograma. O objetivo do trabalho consistiu em discutir uma série de casos de candidemia em neonatos com trombocitopenia severa.

Métodos

Foram atendidos recém-nascidos internados na unidade de terapia intensiva neonatal do Hospital das Clínicas da UFPE. O diagnóstico laboratorial consistiu na realização de exame microscópico a fresco e cultura no meio Sabouraud Dextrose Agar. Foram realizados testes de susceptibilidade dos agentes etiológicos segundo o CLSI. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa Envolvendo Seres Humanos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco-UFPE sob o registro CAAE: 80595717.8.0000.5208.

Resultados

Durante a realização da pesquisa, sete pacientes apresentaram quadro de plaquetopenia (<50.000 células/mm3) e hemocultura positiva para Candida, sendo isoladas três cepas de C. parapsilosis, duas de C. albicans e uma de C. haemulonii e C. famata. Com exceção de C. haemulonii, que foi resistente a anfotericina B e dose dependente ao fluconazol, os demais isolados foram sensíveis a anfotericina B, fluconazol, voriconazol, micafungina, caspofungina e anidulafungina. Dado a condição crítica dos infantes, que apresentaram candidemia com plaquetopenia associada a persistência de piora clínica, foi iniciado o tratamento empírico a base de fluconazol (12 mg/kg/dia). Um paciente exibiu resposta clínica ao fluconazol, porém nos demais foi instituída anfotericina B (1 mg/kg/dia) devido à falha terapêutica e piora do quadro com petequias associadas à plaquetopenia. Apesar do esquema terapêutico instituído, dois pacientes evoluíram para o óbito por infecção hematogênica por C. parapsilosis e C. albicans. A baixa contagem de plaquetas na UTI pode ser difícil de determinação e multifatorial. Contudo, dados recentes têm demonstrado que infecções são a causa mais frequentes de trombocitopenia e choque séptico.

Conclusão

Há de se destacar que a relação entre trombocitopenia e sepse fúngica é uma condição ainda não esclarecida, sobretudo por Candida. Assim, para auxiliar na melhora desse panorama é indispensável a associação entre a transfusão de plaquetas e terapia antifúngica.

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