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Vol. 28. Issue S1.
IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
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IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
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RELATO DE CASO: COINFECÇÃO HISTOPLASMOSE E PARACOCCIDIOIDOMICOSE DISSEMINADAS EM IDOSO COM INFECÇÃO AVANÇADA PELO HIV
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Cassia Silva de Miranda Godoya,b, Renata de Bastos Ascenço Soaresa,b, Breno Bueno Junqueiraa
a Escola de Ciências Médicas e da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás), Goiânia, GO, Brasil
b Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr Anuar Auad, Goiânia, GO, Brasil
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Vol. 28. Issue S1

IV Congresso Goiano de Infectologia

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Introdução

O paciente vivendo com HIV/AIDS (PVHA) é suscetível não só a infecções oportunistas localizadas, como também as formas clínicas disseminadas. Este relato objetiva descrever o caso excepcional de coinfecção fúngica rara em paciente idoso, vivendo com HIV/AIDS, diagnosticado com Histoplasmose e Paracoccidioidomicose em estado avançado de imunossupressão. Apreciação ética CAAE: 62904622.1.0000.0034, parecer n. 5.926.978, CEP/HDT.

Relato de caso

Masculino, 72 anos, tabagista, pedreiro, procedente de Araguaçu/TO, veio a Goiânia para consulta e colonoscopia, sendo diagnosticado e tratado como Retocolite Ulcerativa. O familiar referia história de febre, hiporexia, náuseas, diarréia, dor abdominal, melena e perda ponderal de 15kg em 03 meses. Progrediu com piora do quadro geral, procurou PA, e regulado para unidade especializada 3 dias depois com suspeita de Leptospirose, devido à presença de roedores onde residia. Chega à unidade sem lesões cutâneas ou visceromegalias no exame físico. Realizou testes rápidos para o HIV 1 e 2 e sífilis reagentes, HBV e HCV não reagentes e TC do tórax. Coletou sorologias para Leptospirose, CD4, carga viral (CV) e hemoculturas para bactérias, micobactérias e fungos. Evoluiu com piora da dispneia, taquipneia e flutuação de nível de consciência, devido quadro de broncoespasmo severo e transferido para UTI. Lá verificou-se linfonodomegalias em região cervical direita e um linfonodo na região supraclavicular esquerda, além de oligúria. A TC de tórax mostra infiltrado reticulo nodular difuso bilateral (padrão miliar). No D4IH, o paciente foi entubado por dessaturação, rebaixamento de consciência e baixa perfusão periférica. No D5IH, ainda grave, com oligoanúria, hemodinamicamente estável, sem uso de DVA, o nefrologista indica hemodiálise. Resultado de contagem de CD4 13 céls/mm3 e CV de 430.024 cópias/ml. A pesquisa no aspirado traqueal de BAAR e TRM-TB são negativos. A TC do crânio e a rotina do líquor são normais. No D7IH agravou-se o quadro com sintomas respiratórios e neurológicos, paciente evoluiu para óbito após falência multiorgânica e choque. Oito dias póstumos foram identificadas no resultado de hemocultura: Histoplasma capsulatum e Paracoccidioides sp crescidos em ágar Sabouraud, destacando-se a raridade da coinfecção.

Conclusão

Este caso sublinha a necessidade de campanhas de conscientização e testagem para HIV, particularmente entre a população idosa, e a vigilância para infecções oportunistas em pacientes com AIDS, especialmente em regiões endêmicas para micoses. A detecção precoce e o manejo adequado dessas infecções são cruciais para evitar desfechos fatais. Este relato contribui para a literatura científica ao documentar um caso inédito de coinfecção por Histoplasmose e PCM em um paciente com AIDS, enfatizando a complexidade do manejo de infecções oportunistas em indivíduos imunocomprometidos.

Palavras-chave:
HIV
Histoplasmose Disseminada
Paracoccidioidomicose
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