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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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PREVALÊNCIA E RECORRÊNCIA DA DOENÇA DE HAFF E A OMISSÃO DO CONTROLE DOS FATORES DE RISCO
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Jeferson Manoel Teixeiraa,
Corresponding author
teixeira-pbi@hotmail.com

Corresponding author.
, Valdete dos Santos de Araújob, Carla Souza Calheirosb, Ana Beatriz Ferreira Prestesb, Andriele dos Santos Pereirab, Estrela Cecília Moreira de Holanda Fariasc, Regina Yanako Moriyab, Viviany da Cruz Ramos Pintod
a Universidad Abierta Interamericana (UAI), Buenos Aires, Argentina
b Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Manaus, AM, Brasil
c Universidade Nilton Lins, Manaus, AM, Brasil
d Hospital Instituto da Mulher e Maternidade Dona Lindu, Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), Manaus, AM, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivos

O hábito de consumir peixes está enraizado na cultura amazonense, sendo uma prática secular e benéfica quando se trata de autoconsumo. O Amazonas (AM) é o estado com maior consumo de pescado no Brasil (BR). A Doença de Haff é caracterizada pelo quadro de rabdomiólise com sintomatologia presente em até 24 horas após o consumo de certos tipos de peixes. Desta forma o objetivo da pesquisa foi caracterizar com dados clínicos e epidemiológicos os casos compatíveis da Doença de Haff que foram notificados no AM e descrever os aspectos físico-químicos e microbiológicos da água onde o ambiente aquático está associado aos casos notificados.

Métodos

Os dados clínicos e epidemiológicos foram registrados na FVS-RCP/AM. As águas foram coletadas em frascos descontaminados entre os anos de 2021 a 2023, em pontos do Rio Amazonas, poços tubulares de abastecimento e residências. As análises físico-químicos da água foram analisadas in loco e as microbiológicas em laboratório. Todas realizadas em duplicata.

Resultados

A pesquisa iniciou-se no ano de 2021, quando o estado decretou calamidade e determinou que certos tipos de pescados não fossem ingeridos. Em relação às análises realizadas entre 2021 e 2022, os resultados de pH, NO2-, NO3-, NH3, Mg, Oxigênio Dissolvido (OD) e E.Coli, estão em desacordo com os parâmetros do Ministério da Saúde do BR. No ano de 2023, não houve presença de coliformes fecais, mas obteve-se irregularidade em relação ao pH, OD, excesso de NH3 e Mg. O teor de sólidos totais, está acima do valor de referência do CONAMA. No período estudado houveram 299 casos de rabdomiólise notificados, após a ingestão de peixes de vida livre e 3 óbitos confirmados. Os sinais clínicos mais frequentes na população amazonense são: mialgia, náuseas, dor toracoabdominal, colúria e valores da enzima CPK sérica elevada, que pode levar à insuficiência renal. A sintomatologia é semelhante à encontrada em outros surtos no país. Os casos se concentram na faixa etária de 20 a 59 anos.

Conclusão

A origem ou o tipo de toxina causadora dessa doença não está totalmente elucidada. Os dados da análise de água corroboram com tal possibilidade, pois o ambiente aquático está eutrofizado, ocorrendo a proliferação descontrolada de algas e há o consumo de pescados que acumulam determinada toxina, causando posteriormente a Doença de Haff. É necessário monitorização do pescado, qualidade de água e a rápida detecção de casos desta doença para evitar sua prevalência.

Palavras-chave:
Rabdomiólise Surtos de Doenças Vigilância em Saúde Pública Doença de Haff
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