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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 151
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PREVALÊNCIA DO USO DE MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INAPROPRIADOS POR PACIENTES INFECTADOS PELO HIV EM USO DE TERAPIA ANTIRRETROVIRAL
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Gabrielle Gontijo Guimarães Branco, Leonora Adami Chaves, Rosany Almeida Marques dos Anjos, Renata Fernandes Rodrigues, Renata de Oliveira Pereira, Isabela Dias Lauar, Alexandre Sampaio Moura
Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS), Alfenas, MG, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução/Objetivo

O aumento na proporção de pessoas vivendo com HIV (PVHIV) com mais de 50 anos resulta na presença de um maior número de comorbidades e consequentemente do uso mais frequente de outros medicamentos. A polifarmácia aumenta a chance de ocorrência de interações medicamentosas e desfechos negativos na saúde. A melhor compreensão destas interações permite a implantação de medidas para evitar sua ocorrência. Este estudo teve por objetivo caracterizar a presença de interações medicamentosas potencialmente inapropriadas (PIM) em PVHIV que fazem uso de terapia antirretroviral (TARV).

Métodos

Estudo transversal de PVHIV que retiram TARV no serviço de infectologia CEASC-Unifenas, em Belo Horizonte. A coleta de dados ocorreu entre março e setembro de 2021. A classificação das potenciais interações medicamentosas foi realizada através do programa Liverpool Drug Interaction Database em cores: vermelha (contraindicado), laranja (interação que requer ajuste de dose ou monitoramento atento), amarelo (pouca significância clínica).

Resultados

Dos 241 pacientes convidados, 172 aceitaram participar. A média de idade foi de 43,9 (±12,4) anos e 79,8% eram do sexo masculino. A maioria (90,11%) dos pacientes utilizavam esquemas com tenofovir (TDF) e lamivudina (3TC) associados a um terceiro medicamento, sendo, 34,9% o efavirenz (EFZ), 40,1% o dolutegravir (DTG) e 15,1% um inibidor de protease (IP) podendo ser atazanavir (ATV) ou darunavir (DRV) com booster de ritonavir (r). Outros medicamentos além da TARV eram utilizados por 81 (47,1%) dos participantes. Destes, 65,3% apresentaram algum tipo de interação, sendo 6,1% amarela, 55,5% laranja e 3,7% vermelha. Entre os medicamentos de uso contínuo que não poderiam ser co-administrados encontrou-se a sinvastatina (1) e quetiapina (1) associadas a IP/r e a noretisterona com EFZ(1), sendo todos eles prescritos por médicos. Daqueles cuja interação requer ajuste ou monitoramento, destacam-se o uso da classe dos anti-inflamatórios não esteroidais em conjunto com TDF/3TC/EFZ, de diferentes psicotrópicos com EFZ ou ATV/r; além de contraceptivos, corticosteróides e estatinas com o EFZ.

Conclusão

A presença de interações medicamentosas é frequente entre pacientes infectados pelo HIV, mesmo com medicamentos sendo prescritos por médicos. A equipe dos serviços de infectologia deve estar atenta para realizar os ajustes necessários e evitar potenciais danos.

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