Os jovens são considerados uma parcela da população com alta exposição às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Somado à juventude, o ingresso às universidades proporciona oportunidades para experiências sexuais. A literatura evidencia a prática de comportamentos sexuais de risco por estudantes universitários, a exemplo de início precoce da atividade sexual, multiplicidade de parceiros e baixa adesão ao preservativo. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi de estimar a prevalência de IST em estudantes universitários do estado da Paraíba.

Estudo transversal, com abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada em quatro campus de uma universidade pública do estado da Paraíba. Participaram da pesquisa estudantes universitários com idade igual ou superior a 18 anos, com ingresso em cursos de graduação na instituição antes do início da pandemia da COVID-19. Após realização de cálculo amostral, obteve-se uma amostra de 403 estudantes, chegando a 404 entrevistados. A coleta de dados ocorreu entre março de 2021 e abril de 2022. Para estimar a prevalência de IST, foram utilizados testes rápidos para Sífilis, Hepatites B e C e Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), conforme recomendações do Ministério da Saúde. Os dados foram analisados através do software Statistical Package for Social Sciences (SPSS). Ressalta-se que foram seguidos os preceitos éticos sobre pesquisas com seres humanos. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, com parecer de número 4.309.767/2020.

Foram entrevistados 404 universitários, maioria do sexo feminino (57,9%), na faixa etária entre 18 e 24 anos (72,0%), de cor parda (43,1%), estado civil solteiro (87,1%), com religião (54,2%) e renda mensal familiar igual ou menor a dois salários-mínimos (59,7%). A prevalência para as IST investigadas foi de 5,0% (IC95%:3,0-7,0), com predomínio de sífilis (3,0%), seguido de HIV (2,0%).

O presente estudo atendeu ao objetivo de estimar a prevalência de IST em universitários do estado da Paraíba. É essencial a realização de atividades de educação em saúde sexual com este público, assim como a oferta de testes rápidos para detecção precoce de IST nas universidades.