XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
More infoA população senil que em sua maior parte realizou durante a vida múltiplos tratamentos medicamentosos, seja antibioticoterapias ou não, assim como internações hospitalares e tratamentos em saúde, tem maior risco de ter colonizações bacterianas resistentes à alguma classe de antibióticos. O fato desses pacientes estarem portando bactérias resistentes, traz maior possibilidade de contaminações cruzadas mesmo sendo aplicada a precaução padrão. Dessa forma, utilizamos critérios para aplicação da precaução de contato por vigilância e testamos esses pacientes para avaliar a prevalência de colonização por bactérias resistentes, assim diminuímos os riscos invisíveis relacionados às contaminações cruzadas em pacientes que numa hipótese diagnóstica não se investiga culturas de colonização bacteriana resistente.
ObjetivoCalcular a prevalência de colonização por bactérias Resistentes em pacientes internados no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa em Recife-PE e adesão às respectivas precauções de contato por vigilância.
MétodosPacientes foram submetidos à precaução de contato por vigilância os idosos que eram provenientes de internações anteriores, de clínicas de hemodiálise, unidades de pronto atendimentos ou policlínicas com tempo de atendimento/internação maior que 48h e instituições de longa permanência, todos foram submetidos ao teste de colonização por swab retal. Os resultados foram compilados em planilha Excel de controle do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. Com esses dados, foi calculado a taxa de prevalência anual de colonizações por bactérias multi resistentes, produtoras de Carbapenemase, e Vancomicina resistente.
ResultadosFoi obtido uma taxa de prevalência anual de 18% de indivíduos com culturas de colonização positivas para bactérias resistentes, produtoras de carbapenemase e Vancomicina resistentes, desses, todos permaneceram em precaução de contato, havendo sido aplicado a precaução desde à admissão ao preencher os critérios de precaução de contato por vigilância.
ConclusãoCom essa taxa de prevalência em um serviço de referência a pessoas idosas, infere-se que a cada 100 pacientes 18 estão colonizados com bactérias resistentes. Essas culturas foram solicitadas para todos os pacientes que preencheram os critérios citados. Ao apresentar resultados positivos, continuavam em precaução até alta hospitalar. Essas medidas reduziram/reduzem o risco de contaminações cruzadas, além de redução do risco de surtos por bactérias.