O objetivo deste estudo é relatar o caso de uma paciente atendida em consulta ambulatorial com diagnóstico confirmado de SARS-Cov-2 por meio de swab de orofaringe pelo método RT-PCR, e que apresentou pneumomediastino espontâneo, uma das possíveis complicações dessa infecção. A paciente, do sexo feminino, 24 anos, previamente hígida, apresentou-se em consulta ambulatorial dia 10 de novembro de 2020, referindo contato com duas pessoas com suspeita de COVID-19 nos dias 27/10/2020 e 30/10/2020. Após contato com suspeitos, relatou início de sintomas descritos cronologicamente a seguir: dia 31/10/2020, apresentou coriza e dor retro orbitária bilateral. Dia 01/11/2020, odinofagia; Dia 03/11, mialgia; Dia 06/11/21, realizado PCR-RT para COVID-19 com resultado DETECTÁVEL confirmando diagnóstico de COVID-19. Na ocasião, passou por avaliação em outro serviço médico, onde foi prescrito: Azitromicina 500mg/d por 5 dias. Dia 07/11, apresentou picos febris não aferidos e se automedicou com dipirona e ivermectina 2cps/dose única; À avaliação. referia anosmia e ageusia, desconforto abdominal e diarreia (3x/d), pastoso-líquido, com catarro nas fezes em pequena quantidade. Referia ainda cefaleia de leve intensidade há 1 dia, que melhorou com uso de dipirona e leve desconforto respiratório à inspiração profunda e períodos de palpitação e dispneia aos esforços. Ao exame físico, notava-se leve taquicardia (Frequência Cardíaca média de 102bpm), Saturação de O2 de 98% em ar ambiente e à ausculta respiratória, murmúrios vesiculares presentes sem ruídos adventícios porém reduzido em bases bilateral. Optado pela solicitação de Tomografia de tórax e retorno com exames. Dia 12/11/21 retorna com resultado de tomografia computadorizada de tórax evidenciando pneumomediastino. (Descrição: presença de extensos focos de gás no mediastino anterior; Discretos sinais de broncopatia); Paciente foi encaminhada com urgência para internação hospitalar e avaliação da Cirurgia Torácica, sendo optado por observação clínica (paciente manteve-se clinicamente estável) e realização de novos exames seriados para acompanhamento do pneumomediastino. Após 4 dias da internação, a paciente recebeu alta por melhora radiológica, para acompanhamento clínico ambulatorial. O mais notório a respeito do caso é que, apesar da condição de pneumomediastino no COVID-19 ainda representar uma condição rara e potencialmente grave, a paciente em questão apresentou desfecho favorável e a sua evolução foi benigna.
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 060
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PNEUMOMEDIASTINO SECUNDÁRIO A DIAGNÓSTICO DE COVID-19 EM PACIENTE JOVEM - RELATO DE CASO
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Andréa Alves da Silva
Instituto de Infectologia Emílio Ribas II- Baixada Santista, Guarujá, SP, Brasil
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