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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
ÁREA: INFECÇÃO PELO HIV-AIDS E ISTSEP-186
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PERFORMANCE DE EXAMES LABORATORIAIS NÃO INVASIVOS NO DIAGNÓSTICO DA NEUROTOXOPLAMOSE EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
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Mariana Zanchetta E. Gava, Alexandre Naime Barbosa, Helio Langoni
Departamento de Infectologia, Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

A Neurotoxoplamose é a infecção oportunista (IO) de sistema nervoso central (SNC) mais frequente em Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PHVA), sendo patologia em que o diagnóstico presuntivo através de dados clínicos e achados de tomografia (TC) de encéfalo acaba sendo o balizador da indicação de tratamento empírico, devido à ausência de exames laboratoriais não invasivos na rotina que permitam auxiliar a definição etiológica em pacientes com alta suspeição.

Objetivo

Avaliar a performance de exames laboratoriais não invasivos no auxílio do diagnóstico etiológico da Neurotoxoplamose em PVHA.

Método

Estudo piloto observacional prospectivo realizado entre fev/2020 a out/2021 que incluiu em amostra de conveniência indivíduos > 18 anos: G1 - Grupo de 7 PVHA com diagnóstico presuntivo de neurotoxoplasmose (critérios clínico + TC SNC compatível) que receberam tratamento empírico específico com Sulfametoxazol-Trimetoprima; G2 - Grupo controle assintomático de 6 PVHA recém-diagnosticados com infecção pelo HIV e contagem de linfócitos T CD4 < 200 e virgens de terapia antirretroviral e sem uso prévio de profilaxia para IOs. Foram avaliados como possíveis marcadores laboratoriais auxiliares na confirmação do diagnóstico etiológico de doença ativa pelo T. gondii em amostras sanguíneas: reação da cadeia da polimerase (PCR T. gondii), Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI Anti-T. gondii IgM/G) e Imunoensaio de Micropartículas por Quimioluminescência (CMIA Anti-T. gondii IgM/G). Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

Resultados

Ambos os grupos foram homogêneos estatisticamente em relação à idade média (36 anos), e média da contagem inicial de CD4 (61,5 céls.), diferindo na composição de gênero (G1: 67% masculino, G2: 50% masculino). As médias de titulações sorológicas Anti-T. gondii IgM e IgG tanto por RIFI ou CMIA se mostraram importantemente aumentadas em G1 em comparação à G2 (p < 0,05), sendo que não houve positividade da PCR T. gondii na casuística estudada. A mortalidade em G1 foi de 43%, não sendo verificada sequela neurológica nos sobreviventes.

Conclusão

As sorologias Anti-T. gondii IgM e IgG tanto por RIFI ou CMIA se constituem como exames laboratoriais potencialmente úteis em aumentar a suspeição de neurotoxaplasmose em PVHA com diagnóstico presuntivo dessa IO, entretanto a lacuna de testes não invasivos mais específicos permanece como importante tema para maiores estudos.

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