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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐385
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM ABSCESSO HEPÁTICO PIOGÊNICO NO HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
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1966
Natália Reis Fraga, Cristiano de Melo Gamba, Gabrielle Picanço Rilhas, Beatriz Turato Mendonça, Luisa Caracik Camargo Andrade, João Silva de Mendonça, Thais Guimarães, Augusto Yamaguti
Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: O abscesso hepático piogênico (AHP) é definido como uma coleção inflamatória de debris celulares, desencadeada por uma infecção bacteriana, fúngica ou mais raramente por protozoários. Tem incidência a nível mundial que varia entre 2,9 a 17,6 por 100.000 mil/habitantes. É prioritário portanto discutir a respeito da epidemiologia dos abscessos hepáticos piogênicos e a importância do conhecimento desta infecção no ambiente hospitalar, tendo em vista a escassez de estudos na área.

Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico e desfecho clínico dos pacientes diagnosticados com abscesso hepático piogênico, no período de 2010 a 2018. Descrever a prevalência dos patógenos identificados em pacientes diagnosticados com abscesso hepático piogênico e identificar esquema terapêutico utilizado pela instituição.

Metodologia: Trata‐se de um estudo observacional, descritivo, de delineamento longitudinal, retrospectivo, 57 prontuários foram avaliados considerando, características epidemiológicas, prevalência dos patógenos e esquema terapêutico utilizado.

Resultados: Os resultados indicam que a maioria dos casos foi do sexo feminino (56,4%), com idade média de 63 anos. Dentre as principais etiologias, a prevalência foi de origem biliar (50%), criptogênica (17%) e portal (14,5%). O tempo médio de internação foi de 12 dias variando de 7 a 38 dias. O diagnóstico radiológico principal foi através de tomografia computadorizada em 53% dos casos. O esquema empírico preferencial de antimicrobianos foi a associação de ceftriaxona ou ciprofloxacino ao metronidazol, que se mostrou eficaz, de acordo com melhora clínica e radiológica.

Discussão/Conclusão: Evidenciamos que o abscesso hepático piogênico tem como perfil epidemiológico idosos, com predominância do sexo feminino, hipertensos (54,3%), diabéticos (17,5%) e com neoplasias de vias biliares (5,2%). A principal etiologia identificada foi de origem biliar (50%). O diagnóstico radiológico principal foi através de tomografia computadorizada em 53% dos casos. Os principais patógenos identificados foram enterobactérias (38,4%), seguido por gram positivos (22,7%) e gram negativos não fermentadores (10,3%). O esquema terapêutico (ceftriaxona/ciprofloxacino e metronidazol) identificado, nos faz pensar ser um esquema eficaz, pois as taxas de mortalidade não diferem muito das relatadas na literatura. Sugere‐se o aprofundamento com novas pesquisas analisando a eficácia do esquema terapêutico e sua correlação com a mortalidade.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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