Journal Information
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 130-131 (December 2018)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 130-131 (December 2018)
EP‐187
Open Access
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE EM MENORES DE 15 ANOS NA CAPITAL DO ESTADO MAIS HIPERENDÊMICO
Visits
3253
Gabriela Belmonte Dorileo, Ackerman Salvia Fortes, Kleriene Vilela G. Souza, Letícia Rossetto S. Cavalcante, Ana Maria Coelho B. Martins
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, MT, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Full Text

Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 6 ‐ Horário: 13:44‐13:49 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: A hanseníase é um problema de saúde pública no país. Mato Grosso tem as maiores taxas de prevalência e incidência da doença, 6% dos casos são em menores de 15 anos. A hanseníase é vista como doença da faixa etária adulta pelo longo período de evolução. Quando a população infantil tem contato precoce com o bacilo e casos na família, a chance de adoecimento é maior e a detecção pode ser vista como indicador de gravidade da endemia.

Objetivo: Analisar a situação epidemiológica da hanseníase em menores de 15 anos em Cuiabá, capital do estado mais hiperendêmico.

Metodologia: Os dados foram obtidos no Sistema de Informações de Agravos de Notificação de 2014 a 2017.

Resultado: Dos 1.277 casos novos, 65 (5%) ocorreram entre os menores de 15 anos, 4,6% tinham entre 1‐4 anos, 21,5% entre 5‐9 anos e 73,8% entre 10‐14 anos. O sexo masculino foi mais acometido (53,8%). O grau de incapacidade no diagnóstico foi avaliado em 44 pacientes (67,7%), revelou em 27,2% dos casos incapacidade grau 1. No momento da alta, apenas seis pacientes (9,2%) foram avaliados, dois deles (33,3%) tinham grau 2 de incapacidade. O número de lesões foi ignorado em 50,7% dos pacientes, 41,5% tinham menos de cinco lesões e 7,6% apresentavam mais de cinco lesões. O exame de contato foi a forma de detecção mais presente (36,9%), seguido da demanda espontânea (32,3%), do encaminhamento (18,4%) e do exame coletivo (9,2%). No que refere à forma clínica, 56,9% desenvolveram a forma dimorfa, 26,1% a tuberculoide, 9,2% a indeterminada, 6,1% a virchowiana e 1,5% não foram classificados. Quanto à classificação operacional, a maioria (66,1%) era multibacilar. O motivo da alta foi descrito em apenas 27,9%, 61,1% tiveram alta por cura e os outros 38,8% por transferência de município.

Discussão/conclusão: Os dados obtidos permitem determinar que a maioria dos pacientes tinha 10 a 14 anos e a presença de casos entre menores de 10 anos indicou contato precoce com bacilíferos. Houve predomínio do sexo masculino, assim como nos adultos. Além disso, observou‐se baixo percentual da forma indeterminada quando comparada com as formas polarizadas e predomínio das formas multibacilares, indicou‐se falha nas ações voltadas para o diagnóstico precoce. As principais formas de entrada foram o exame de contato e a demanda espontânea, ressalta‐se a importância da investigação e das ações de saúde. Por fim, este estudo mostrou falhas no preenchimento dos campos referentes às incapacidades e ao número de lesões.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools