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Vol. 28. Issue S1.
IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
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Vol. 28. Issue S1.
IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
INFECÇÕES BACTERIANAS E MICOBACTERIANAS
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PERFIL DOS CASOS NOTIFICADOS DE SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE GOIÁS ENTRE 2020 A 2023
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Geovana Almeida Spies, Rômulo Freire Gomes Silva, Tharsis Souza Silva, João Florentino Silva Sá Teles, Higor Siqueira da Silva
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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Vol. 28. Issue S1

IV Congresso Goiano de Infectologia

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Introdução

A sífilis é uma doença causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida da mãe para o bebê durante a gestação ou no momento do parto. A infecção congênita pode causar diversas manifestações clínicas, incluindo abortos, natimortos malformações congênitas. Esta doença é curável e muitas complicações podem ser evitadas pelo rastreio e tratamento da mãe. A sífilis tem recrudescido nas últimas décadas, gerando o aumento da prevalência da Sífilis Congênita (SC).

Objetivo

O estudo em questão visa analisar os casos de sífilis congênita no estado de Goiás durante o período de 2020 a 2023, identificando grupos de risco.

Metodologia

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo sobre o perfil dos casos notificados de SC no Estado de Goiás. Foram extraídos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), de 2020 a 2023, sobre Goiás.

Resultados

Durante o período analisado, foram registrados um total de 2.378 novos casos no estado de Goiás. Desse total foram extraídas informações das seguintes variáveis: idade, raça/cor da pele, escolaridade, realização de pré-natal e momento do diagnóstico da doença. Sendo que, desses casos, 2311 (97,18%) foram confirmados até o sexto dia de vida. Em relação a idade materna, 1866 (78,4%) notificações pertenceram à mães entre 15 e 29 anos, com predomínio da faixa etária de 20 a 24 anos (37,04%). Quanto ao momento do diagnóstico, 1450 (60,97%) casos foram identificados no pré-natal e 701 (30,33%) no momento do parto. Além disso, 341 mulheres (14,33%) afirmaram não ter realizado o pré-natal; e 442 mães (18,58%) possuíam nível de escolaridade entre o analfabetismo até o ensino fundamental incompleto. Ademais, 1.342 (56,43%) dos casos totais em bebês pardos, e 438 (18,41%) brancos.

Conclusões

Por este estudo, percebe-se que a questão da SC relaciona à sociorracial, pois abarca principalmente a população com menor escolaridade bem como a população parda. Além disso, também está ligada à menor idade materna, com quase 80% até 29 anos. Ainda neste contexto, embora quase toda confirmação de SC acontece até o 6° dia de nascimento, mais da metade transcorre no pré-natal e, uma porcentagem considerável nem chega a realizá-lo. Com isso, urge a necessidade de extensão da assistência pré-natal, além de abarcar os grupos de risco, como a população de baixa escolaridade, população parda e, de maneira geral, as mulheres jovens de até 34 anos.

Palavras-chave:
Sífilis Congênita
Epidemiologia
Brasil
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