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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS DE ISOLADOS DE ESCHERICHIA COLI E KLEBSIELLA PNEUMONIAE IDENTIFICADOS EM INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO ADQUIRIDAS NA COMUNIDADE
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Vívian Santos Galvãoa,
Corresponding author
viviglv@gmail.com

Corresponding author.
, Adriano de Souza Santos Monteirob, Isabela Oliveira Sousac, Camila Maria Piñeiro Silvac, Soraia Machado Cordeiroc, Joice Neves Reisc
a Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
b Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa, Instituto Gonçalo Moniz (IGM), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Salvador, BA, Brasil
c Faculdade de Farmácia, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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Introdução/Objetivo

As infecções do trato urinário (ITU) estão entre as infecções bacterianas mais comuns em todo o mundo. Essas infecções são causa substancial de morbidade, gerando altos custos para os sistemas de saúde e divergências no tratamento empírico e assertivo, principalmente no atual contexto da resistência antimicrobiana. O presente estudo avalia o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos de isolados de Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae identificados em ITU de origem comunitária.

Métodos

O estudo foi realizado no laboratório LACTFAR/UFBA no período de abril/2019 a julho/2022. Uroculturas com contagem >100.000 UFC/mL foram identificadas através dos métodos clássicos. O teste de susceptibilidade aos antimicrobianos foi realizado por disco-difusão de acordo com os padrões do BrCAST 2022. Os isolados de E.coli e K. pneumoniae criopreservados foram submetidos à reação de PCR para detecção dos genes de β-lactamases.

Resultados

De 5033 uroculturas realizadas, 569 (11,3%) apresentaram resultado positivo para ITU. E. coli foi o microrganismo mais prevalente com 61,0%, seguido por K. pneumoniae (12,8%) e Streptococcus agalactiae (12,6%). E. coli apresentou 46,2% dos isolados resistentes à ampicilina, 9,4% à cefalexina, 6,5% à cefuroxima e apenas 0,6% à nitrofurantoína. K. pneumoniae apresentou resistência de 23,7% à nitrofurantoína e 18,6% à cefuroxima. Para ambos os microrganismos, cerca de 26% dos isolados foram resistentes às fluoroquinolonas e ao sulfametoxazol+trimetoprim. Um total de 14,7% dos isolados de E. coli e 24,7% de K. pneumoniae foram multirresistentes. A produção de β-lactamase de espectro estendido foi detectada em 5,5% dos isolados de E. coli e em 17,8% de K. pneumoniae. O gene de β-lactamase mais prevalente em E. coli foi blaTEM (23,9%), seguido de blaSHV (4,2%). Foram observados padrões com blaTEM+blaCTXM-1, blaTEM+blaCTXM-2, blaTEM+blaOXA-1 e blaSHV+blaCTXM-9 (1 isolado cada). Em K. pneumoniae, blaSHV foi identificado em 52,9% dos isolados, seguido de blaTEM com 35,2% e blaCTXM-1 com 17,6%. Dois isolados apresentaram coprodução de blaSHV, blaTEM e blaOXA-1.

Conclusão

E. coli permanece como patógeno mais frequente em ITU na comunidade e apresenta baixos índices de resistência para antibióticos comumente utilizados na terapia empírica como cefalosporinas e nitrofurantoína. K. pneumoniae, embora menos frequente, apresenta considerável nível de resistência aos antimicrobianos de primeira escolha para tratamento de ITU.

Palavras-chave:
Infecção do trato urinário Infecções comunitárias Resistência aos antimicrobianos Multidroga resistente ESBL
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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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