Journal Information
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
Full text access
PERFIL DE RESISTÊNCIA DE STAPHYLOCOCCUS SPP. EM HEMOCULTURAS DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO SUDESTE DO BRASIL
Visits
243
Lucas Barbosa Agra
Corresponding author
lba-ccih@hcrp.usp.br

Corresponding author.
, Andrey Biff Sarris, Jackson Ferreira Aragao, Elis Lantelme Silva Belpiede, Erika Macedo Rehder, Thiago dos Santos Imakawa
Hospital Santa Lydia, Ribeirão Preto, SP, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

More info
Introdução/Objetivo

As infecções por Staphylococcus spp. perderam espaço em relação ao seu perfil de resistência quando comparado aos dilemas dos gram negativos, associado a boa resposta com Vancomicina, disponibilização de novos antimicrobianos (Tigeciclina, Daptomicina, Linezolida) e poucas casuísticas nacionais com expressão importante de S. aureus resistente à Oxacilina na comunidade (fenótipo de CA-MRSA ‒ Community-acquired methicillin-resistant Staphylococcus aureus). Entretanto, a realidade destas infecções tem mudado, inclusive com repercussões importantes em morbimortalidade e levando à preocupação de cobertura de CA-MRSA.

Métodos

Avaliação de hemoculturas do Hospital Santa Lydia de Ribeirão Preto - SP de janeiro de 2022 a abril de 2023. O antibiograma foi realizado através de Vitek2ׄ. Os pontos de corte utilizados se basearam no BrCast.

Resultados

177 amostras foram positivas para Staphylococcus spp. sendo em ordem decrescente: S. epidermidis (35%), S. haemolitycus (22%), S. aureus (15,8%), S. capitis (11,3%), S. hominis (11,3%), S. warnerii (2,3%) e S. saprophyticus (2,3%). Em uma análise aprofundada das amostras de S. aureus: 15 (53,6%) eram MRSA, enquanto que também 15 amostras eram sensíveis à Clindamicina; 78,6% eram sensíveis a Sulfametoxazol-trimetropim; e 92,8% eram sensíveis à Teicoplanina. A MIC (concentração inibitória mínima) em relação à Vancomicina, apesar de ainda se considerar o valor >2 como definição de resistência pelo BrCast, estudos têm demonstrado uma resposta proporcionalmente menor com a progressão do MIC, com alguns especialistas sugerindo a redução dos valores de sensibilidade para 1. Obteve-se 53,7% de S. aureus com MIC de 1 e 14,3% com MIC de 2. Nota-se também que não houve correspondência direta na sensibilidade entre Teicoplanina e Vancomicina – para os ECN, por exemplo, enquanto 100% eram sensíveis à Vancomicina, apenas 69,1% (106) eram sensíveis à Teicoplanina, não permitindo uma troca similarmente acurada. Dos ECN, 44 (29,5%) amostras eram sensíveis à Clindamicina e 116 (77,8%) ao Sulfametozaxol-trimetropim. Considerando que a maior partes das terapias empíricas se estabelecem no uso de Clinda, Oxa e a Vanco para cobertura de gram positivos, há possibilidade de falha terapêutica.

Conclusão

O estudo demonstra um perfil de S. aureus com MIC de 2 (em que o risco de falha beira os 50% em outros estudos) e um incremento a resistência a Teicoplanina, lançando um alerta a troca rotineira de Vancomicina para esta droga.

Palavras-chave:
S. aureus
Gram positivos
Hemoculturas
Full text is only aviable in PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools