Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 264
Full text access
PERFIL DE MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES CAUSADORES DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA
Visits
1735
Lualis Edi de Davida, Emerson Carrarob, Danyelle Zimmerb, Amanda Razerab, Maria Paula Peternellib, Bruna Kosinskib, Jean Rodrigo Santosb, Danielle Dobner Marianob, Gabriela Pasqualb
a Instituto Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil
b Unicentro, Guarapuava, PR, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S1
More info
Introdução/Objetivos

Entre as IRAS, a Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) é considerada a infecção nosocomial com risco de vida mais frequente em UTI, somados à capacidade de resistências dos microrganismos temos um grande empecilho ao tratamento dos pacientes. Analisamos os casos de PAV de 2019 a 2020 a fim de destacar os microrganismos envolvidos e a ocorrência de surtos.

Métodos

Estudo descritivo, retrospectivo, epidemiológico, composta pelas fichas de notificação da CCIH. Analisou-se as infecções em UTI ocorridas de janeiro de 2019 a dezembro de 2020, em Hospital de Guarapuava-PR. Com 10 Leitos em UTI-Geral e 10 Leitos em UTI-Covid (agosto a outubro de 2020) e/ou UTI-Cirúrgica (novembro e dezembro de 2020). Análise de surto com base no Limite superior de detecção de densidade de PAV.

Resultados

Um único surto foi detectado em fevereiro de 2020, no entanto, é necessário frisar que o Limite Superior para este ano foi de 39,05, enquanto em 2019 esteve em 27,43. As médias foram 18,34 e 25,8 PAV/1000 VM-dia para UTI-Geral em 2019 e 2020, respectivamente. Para UTI-Covid e UTI-Cirúrgica foram 46,71 e 27,78 PAV/1000 VM-dia. Já o isolamento e identificação dos microrganismos foi marcante a partir de dezembro de 2019, pois 78,5% dos casos ficaram sem cultura em 2019 versus 17% em 2020. Observamos com preocupação o perfil de resistência pelo fato de 7,15% (4) dos poucos isolados identificados em 2019 serem Klebsiella pneumoniae resistente a Carbapenens (KPC) e 13,8% (9) em 2020. Em 2020 também se destacou o Acinetobacter baumannii complex resistente a Meropenen (ABRM) em 12,3% e sensível (ABSM) em 9,2%. Pseudomonas aeruginosa sensível a meropenen em 13,8%, sendo que 18,5% foram indicados como outros neste ano de 2020. UTI-Covid e UTI-cirúrgica representaram pequeno período de análise, no entanto, se observou Stenotrophomonas maltophilia em dois isolados (25%) e ABSM também com 25% para UTI-Covid. Este mesmo representou 30% da UTI-cirúrgica, sendo que ambas UTI apresentaram alta taxa de relato como outros microrganismos que não os pesquisados pela instituição.

Conclusão

Os resultados sugerem o impacto da pandemia no perfil de IRAS na UTI do hospital investigado, apesar de não ser traduzido em aumento no número de surtos, mas destacou-se o aumento de isolados bacterianos multirresistentes.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools