Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 052
Full text access
PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO E DESFECHOS DA PRIMEIRA ONDA DE COVID-19 EM ANÁPOLIS, GOIÁS
Visits
1894
Deborah Lopes Mota Carvajala, Moara Alves Santa Bárbara Borgesb, Ana Laura de Sene Amâncio Zarac, Maria Sonia Pereiraa, Lorenna Patricia da Cunhad, Marília Dalva Turchic
a Unievangélica, Anápolis, GO, Brasil
b Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
c Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
d Associação Educativa Evangélica, Anápolis, GO, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S1
More info
Introdução

A COVID-19 tem se mostrado uma doença de amplo espectro clínico, com tendência à maior gravidade entre pacientes com comorbidades. Os estudos entre populações vacinadas mostram uma tendência à diminuição na taxa de letalidade e da gravidade. Nosso objetivo é descrever as características clínico-epidemiológicas de pacientes hospitalizados por COVID-19 antes da disponibilidade da vacina.

Método

Coorte retrospectiva de pacientes com COVID-19 confirmado e idade ≥ 18 anos, internados em 2020 em um hospital escola de 130 leitos (27 intensivos), em Anápolis-GO. Os dados foram coletados por meio de revisão de prontuários e inseridos na plataforma REdCap, com avaliação de variáveis clínicas, epidemiológicas, laboratoriais, de imagem e desfecho descritas em porcentagens e medidas de tendência central.

Resultados

Dos 202 pacientes, 47% eram do sexo masculino, com mediana de idade de 64 anos (22-108). A mediana do tempo entre a admissão e o início dos sintomas foi de 7 dias (IQR 5-10). A maioria (72%) possuía alguma comorbidade, sendo as mais prevalentes HAS (61%), diabetes mellitus (40%) e 32% foram considerados obesos. Na admissão, 44% apresentavam critérios de Síndrome Respiratória Aguda Grave, mas apenas 30% foram classificados como graves/críticos ao final. Febre foi referida em 63%, tosse em 81% e 94% tiveram algum grau de dispneia ao longo da doença. Durante a internação, 92% fizeram uso de oxigenioterapia em algum momento, 31% (62/202) foram admitidos na unidade de terapia intensiva (UTI) - 60% nas primeiras 24h - e 15% (34/202) evoluíram para ventilação mecânica. A mediana de internação em UTI foi de 6 dias (IQR 3-9). Daqueles com tomografia de tórax, 73% tinham comprometimento < 50%. Os antimicrobianos mais utilizados foram ceftriaxone (152/202) e azitromicina (126/202) e 85% receberam corticoterapia. A taxa de letalidade geral desta população, com intervalo de confiança 95%, foi 18% (IC 14-25), sendo 55% (IC 43-67) entre aqueles internados em UTI e 82% (IC 67-92) dentre os mecanicamente ventilados.

Conclusão

Na primeira onda de COVID-19, a letalidade geral de pacientes hospitalizados em uma cidade de médio porte em Goiás foi alta, especialmente dentre os grupos críticos e submetidos à ventilação mecânica, similar a dados do Brasil. O uso excessivo de antimicrobianos em uma doença viral é um problema a ser combatido. O planejamento em saúde para uma assistência adequada contribui para um menor impacto da COVID-19 também em centros menores.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools