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Vol. 28. Issue S1.
IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
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Vol. 28. Issue S1.
IV Congresso Goiano de Infectologia
(July 2024)
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PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS NOTIFICADAS COM SÍFILIS CONGÊNITA EM GOIÁS NO PERÍODO DE 2019 A 2022
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Anna Luiza Silva Carvalhoa,b,c, Divina D'arc Cândida de Araújo Bezerraa,b,c, João Marcus da Silva Gonçalvesa,b,c, Mariana Rodrigues Sandes da Silvaa,b,c, Lilian de Araújo Limaa,b, Janaina Fontes Ribeiroa,b,c, Vitória Araújo Porto Silvaa,b, Juciele Faria Silvaa,b, Leonardo Alves Rezendea,b, Maysa Aparecida de Oliveiraa,b,c
a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, Superintendência da Escola de Saúde de Goiás, Programa de Residência em Área Profissional da Saúde, Atenção Clínica Especializada, Modalidade Multiprofissional, Área de Concentração em Infectologia, Goiânia, GO, Brasil
b Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad, Goiânia, GO, Brasil
c Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros, Goiânia, GO, Brasil
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Vol. 28. Issue S1

IV Congresso Goiano de Infectologia

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Introdução

A Sífilis Congênita (SC) trata-se da transmissão da bactéria Treponema pallidum da gestante infectada para o feto. A transmissão vertical (TV) ocorre principalmente intraútero, via transplacentária, com taxa de transmissão de até 80%, mas também pode ocorrer via parto vaginal, no contato direto com a lesão sifilítica. A TV da sífilis pode ocorrer em qualquer fase da gestação e até 50% das gestações com sífilis não tratadas podem resultar em abortamento, prematuridade, baixo peso ao nascer e morte do recém-nascido. A SC é um agravo de notificação compulsória de acordo com a Portaria n° 542/1986.

Objetivo

Descrever o perfil clínico e epidemiológico de crianças notificadas com Sífilis Congênita em Goiás no período de 2019 a 2022.

Metodologia

Estudo epidemiológico e transversal realizado a partir de dados de domínio público obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e Boletim Epidemiológico - Sífilis 2023 do Ministério da Saúde. As variáveis analisadas foram taxa de incidência, idade da criança, idade da mãe, escolaridade da mãe, raça da mãe, realização do pré-natal, diagnóstico da sífilis materna, tratamento do parceiro concomitante ao da gestante, classificação final e evolução.

Resultados

No período avaliado, foram notificados 2.563 casos de SC. A taxa de incidência variou de 6,3 a 8,7 casos por 1.000 nascidos vivos, a maioria das crianças tinha até 6 dias de nascimento (97,1%). Sobre as mães, a maioria tinha entre 20-24 anos (35,6%), possuía ensino médio completo (21,5%) e era da raça parda (58,5%). Em relação ao pré-natal, 82,0% das gestantes realizaram e 63,4% receberam o diagnóstico de sífilis materna no pré-natal. Em relação ao parceiro, 55,5% não foram tratados concomitante à gestante. Sobre a classificação final, 94,6% foram classificadas como Sífilis Congênita Recente e, na evolução do caso, prevaleceu recém-nascido vivo em 89,8% dos casos.

Conclusões

A incidência de SC em Goiás permanece acima da meta do Guia para Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou Sífilis de ≤ 0,5 caso por mil nascidos vivos. Embora a taxa de incidência seja uma medida importante para identificar falhas na prevenção da TV durante o pré-natal, nesse trabalho não foi possível analisar se as falhas estavam relacionadas à falta de tratamento do parceiro ou ao esquema de tratamento inadequado da gestante, pois apesar da ficha de notificação da SC registrar o esquema terapêutico da mãe, esses dados não estão disponíveis no SINAN.

Palavras-chave:
Sífilis Congênita
Transmissão vertical
Notificação de Doenças
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