Journal Information
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-142
Open Access
PARACOCCIDIOIDOMICOSE SUBAGUDA SIMULANDO TUMOR DE VIAS BILIARES: RELATO DE CASO
Visits
1319
Ana Carolina de O. Mota, Frederico Martins Oliveira, Andrey Biff Sarris, Ana Paula F.B. dos Santos, Matheus D.G. Rocha, Tomas V.C. Russo, Gilberto Gambero Gaspar, Cinara Silva Feliciano, Roberto Martinez
Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (HCFMRPUSP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S2
More info
Introdução

A Paracoccidiodomicose (PCM) é uma micose endêmica causada por fungos termodimórficos de duas principais espécies, Paracoccidioides brasiliensis e P. lutzii. As formas aguda/subaguda predominam em indivíduos com menos de 30 anos, cursando sobretudo com envolvimento de órgãos do sistema fagocítico-mononuclear, com marcante linfadenomegalia e acometimento hepático e esplênico, características que a diferem da forma crônica, na qual predomina o acometimento pulmonar e mucocutâneo.

Objetivo

Relatar um caso atípico da PCM subaguda simulando um tumor de vias biliares.

Método

Relato de caso: Mulher, 54 anos, apresentou quadro de icterícia, colúria e prurido com evolução de 6 semanas associado com o aparecimento de lesão infiltrativa em face. Colangiorresonância demonstrou formação com envolvimento irregular de ramos biliares intra-hepáticos com conglomerado linfonodal que se estendia da estação celíaca até o hilo hepático, medindo 3,7 × 5,6cm, hepatomegalia e linfonodomegalia mesentérica. Pela hipótese de tumor de Klatskin, realizada biópsia hepática percutânea, com detecção de reação granulomatosa com focos supurativos e estruturas fúngicas leveduriformes. Biópsia da lesão facial também evidenciou estruturas leveduriformes compatíveis com Paracoccidioides spp. Houve também crescimento do agente em cultura de pele, além de título 1:1024 de anticorpos séricos na reação de contraimunoeletroforese. Iniciado tratamento com Anfotericina B formulação lipídica com posterior transição para sulfametoxazol-trimetoprima (evitado itraconazol por interação com antiepilépticos de uso contínuo). Houve melhora clínica, com queda de títulos sorológicos, redução do conglomerado linfonodal abdominal, porém com níveis ainda elevados de enzimas canaliculares.

Resultados

Trata-se de um caso grave de difícil diagnóstico, visto possibilidade de doença maligna como principal hipótese aventada inicialmente.

Conclusão

Há poucos casos descritos na literatura relacionados à PCM simulando tumor de vias biliares, o que leva à necessidade de procedimentos invasivos seguidos de análise histopatológica para elucidação diagnóstica.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools