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Vol. 27. Issue S1.
XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia
(October 2023)
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OSTEOMIELITE SACRAL- INFECÇÃO DE DIFÍCIL TRATAMENTO
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Bruna de Brito Silva Fernandes
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brunadebritosf@gmail.com

Corresponding author.
, Otilia Lupi, Magda de Souza da Conceição, Marcelo Gomes dos Santos
Hospital Federal da Lagoa, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 27. Issue S1

XXIII Congresso Brasileiro de Infectologia

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As Infecções relacionadas a assistência em saúde têm grande impacto na morbiletalidade. As infecções ósseas por germes multirresistentes representam um desafio suplementar. O desenvolvimento da osteomielite por contiguidade às úlceras por pressão é um processo complexo, que engloba a presença de sequestro ósseo, abscessos, fístula e necrose e representam a expressão fisiopatogênica da formação de focos locais de biofilme, onde os patógenos conseguem manter sua viabilidade frente a concentrações séricas bactericidas dos antibióticos. Portanto, a atividade antimicrobiana esterilizante dentro desse ambiente representa um desafio. Neste relato de caso, os autores descrevem a terapia de resgate de um caso de osteomielite crônica sacral. Trata-se de um paciente de 77 anos, admitido para realização de laminectomia lombar. No pós-operatório evoluiu com paraplegia e extensa lesão por pressão sacral com osteomielite. Após falha de múltiplos esquemas antimicrobianos empíricos foi isolado no fragmento cirúrgico da lesão sacral uma Pseudomonas aeruginosa sensível apenas à Polimixina B e ceftazidima-avibactam. Foi iniciada polimixina B que precisou ser suspensa após 3 semanas por toxicidade, seguida de ceftazidima-avibactam por nove semanas sem que houvesse controle da infecção. Dentre os efeitos colaterais secundários mais graves, destacamos a ototoxicidade, tubulopatia renal e colite pseudomembranosa de difícil controle para a qual chegou-se a aventar uma colostomia higiênica. Frente a falência da estratégia implementada até aquele momento, optou-se pela suspensão do antimicrobiano, coleta de novas amostras para cultura (sangue, fragmento ósseo e muscular) que foram negativas. Foi iniciado delafloxacino endovenoso e pôde-se observar em 7 dias a defervescência, diminuição da drenagem purulenta da fístula óssea e progressiva cicatrização da úlcera. O delafloxacino foi encerrado após 28 dias. O paciente segue em observação há cinco meses, sem recidiva e sem necessidade de uso de antimicrobianos. A otimização da terapêutica antimicrobiana permitiu o tratamento curativo de uma infecção crônica. A escolha antimicrobiana recaiu sobre características farmacodinâmicas do delafloxacino, quinolona de quarta geração que tem revelado in vitro uma atividade intra biofilme mais potente, além de um espectro amplo e baixa toxicidade.

Palavras-chave:
Osteomielite Biofilme Antimicrobiano
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