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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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OR-53 - PARACOCCIDIOIDOMICOSE JUVENIL COM RECIDIVA OCULAR, UM RELATO DE CASO
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Matheus de Freitas Feitoza, Tamires Cristina Germano, Natália Ribeiro de Figueiredo, Mariana Ijano Morsoleto, Nicolle Barbeta da Rosa Gattass, Luana Coelho Benevides
Universidade Nove de Julho (UNINOVE), Bauru, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica granulomatosa, acomete pulmões, pele, mucosas e órgãos ricos em células do sistema nervoso e reticuloendotelial, sendo menos comum em região urbana. A forma juvenil predomina em crianças e jovens, têm alta ocorrência no estado de São Paulo e forte associação com recidivas, no entanto, manifestações oculares são raras.

Objetivo

Relata PCM juvenil tratado e com recidiva ocular.

Método

Relato de caso.

Resultados

Masculino, 9 anos, residente em área urbana de Bauru, iniciou com febre, hiperemia orofaríngea, exantema maculopapular e mialgia em membros inferiores. Hemograma com anemia microcítica hipocrômica e eosinofilia. NS1 no 4° dia de sintomas, pela epidemiologia local de dengue, não reagente. No 5° dia teve piora da mialgia, manchas arroxeadas, edema pré-tibial doloroso à palpação e leve edema em membros superiores, o que justificou a hipótese de eritema nodoso. Na anamnese negou perda de peso e relatou contato com área rural durante os jogos de futebol. Ainda, exame físico notou linfonodomegalia cervical anterior e supraclavicular, móvel, indolor e sinovite em tornozelo e cotovelo. Solicitado exames de imagem do tórax (TC) e abdome (USG), evidenciando, respectivamente, formação expansiva peri-hilar no lobo superior e esplenomegalia. Sorologias negativos; função hepática, renal e coagulograma normal. Feito biópsia ganglionar cervical com laudo de linfadenite crônica granulomatosa extensa com numerosos fungos consistentes com P. brasiliensis, fechando o diagnóstico de PCM juvenil e iniciado tratamento com itraconazol (10 mg/Kg/dia, 8/8 horas nos 3 primeiros dias e manteve de 12/12h nos próximos 6 meses), com boa evolução. Retorna após 1 ano com queixa de congestão nasal, presença de tecido esponjoso em pálpebra inferior esquerda, sem dor, hiperemia ou edema. Hemograma com eosinofilia e biópsia da região conjuntiva tarsal do olho esquerdo confirmou processo inflamatório com granulomas formados por histiócitos epitelióides e células gigantes multinucleadas fagocitando estruturas fúngicas arredondadas, concluindo um quadro de recidiva em região ocular.

Conclusão

A PCM juvenil é incomum em área urbana e por isso a anamnese detalhada é essencial para desvendar possíveis relações do paciente com o meio rural, o que colabora para ampliar as hipóteses de diagnósticos diferenciais. Por fim, estar atento aos quadros de recidivas comuns e aos mais raros, como queixas oculares.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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